Política de preços da Petrobrás é abusiva e tem que mudar, aponta economista – Hora do Povo

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Por Publicado em 26 de novembro de 2022
O economista Aurélio Valporto, presidente da Abradin (Associação Brasileira de Investidores), afirmou nesta sexta-feira (25), em entrevista ao HP, que é necessário haver uma mudança na política de preços da Petrobrás. Uma política que, segundo ele, é abusiva e prejudicial ao conjunto da economia do país.
Ele defende que o país adote uma política que leve em conta os custos da empresa. “Resumidamente, deverá ser abandonada a PPI (Política de Paridade de Importação), que atrela os preços da Petrobrás no Brasil àqueles ditados pela OPEP e em seu lugar deve entrar em vigor uma política de preços baseada nos custos da empresa”, argumentou.
Segundo o economista, “vem sendo discutida a adoção de uma política que levaria em consideração a média ponderada dos custos dos derivados refinados no Brasil e no exterior acrescidos de uma margem de lucro bruto pré-definida”.

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Para Valporto, “isso é muito bom para a economia do país que não mais ficará exposta às oscilações especulativas provocadas por um cartel internacional”. “Mas”, destacou, “se essa notícia é boa para a economia e, consequentemente, para todas as empresas que não são do setor, ela não é boa para os acionistas da Petrobrás que deixarão de receber os gordos dividendos pagos pela empresa”.
“O que precisa ser entendido é que esses dividendos são resultado de uma política de preços abusiva que prejudica toda a economia do país”, denunciou. Ele ponderou que não adianta o mercado ficar nervoso com essa discussão, porque a mudança da política de preços da Petrobrás, segundo sua opinião, é necessária e urgente.
“Nem sempre o que é bom para o mercado é bom para a economia e nem sempre o que é bom para o acionista sequer é bom para a própria empresa”, ponderou o economista. “O caso da Embraer, quando estava sendo vendida, inspira bem essa situação”, lembrou o presidente da Abradin.
Ele assinalou que o país não pode ficar à mercê da especulação internacional e lembrou que “esse foi o motivo que norteou os investimentos da empresa”. “Esse objetivo era alcançar a autossuficiência em petróleo e derivados”, apontou. Para o especialista, “o mercado não precisa ficar nervoso com essa discussão porque deve prevalecer no país o que é bom para o conjunto da economia”.

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