Política fiscal, de novo, nos desculpem – UOL

0
58

Acesse seus artigos salvos em
Minha Folha, sua área personalizada
Acesse os artigos do assunto seguido na
Minha Folha, sua área personalizada

Assinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da Folha
Assinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da Folha
Assinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da Folha
Recurso exclusivo para assinantes
assine ou faça login
Gostaria de receber as principais notícias
do Brasil e do mundo?
Especialistas da plataforma Por Quê?, iniciativa da BEĨ Editora, traduzem o economês do nosso dia a dia, mostrando que a economia pode ser simples e divertida.
Recurso exclusivo para assinantes
assine ou faça login
Assinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da Folha
Assinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da Folha
Assinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da Folha
Recurso exclusivo para assinantes
assine ou faça login
Professor de economia na USP e autor do livro Sob a lupa do economista
No bojo da transição do governo que sai para o que entra, certamente o prezado leitor há de ter lido por aí comentários e textos discutindo o futuro da política fiscal no Brasil.
Um resumo das idas e vindas é o seguinte: a política fiscal tomou tenência no governo Temer com a PEC do teto de gastos, entrou equilibrada pelo governo Bolsonaro, tornou-se bastante expansionista em 2020 por causa da crise (sim, houve excesso, mas o cenário era de fim do mundo), voltou meio que à normalidade em 2021 e descarrilou em 2022 devido à PEC da reeleição, que aumenta gastos diretos, subsídios e transferências e ainda reduziu alguns impostos para tornar a conta ainda mais impossível de fechar…
Talvez ainda mais grave, a discussão e as decisões tomadas em 2022, equivocadas e populistas, estão contaminando o debate estrutural (que afeta a economia no longo prazo), além do conjuntural (de curto prazo, o rombo programado para 2023).
O governo que sai plantou as sementes de uma herança maldita e o entrante começou mal, com o futuro presidente ligando o teto de gastos, supostamente maligno, à fome dos mais pobres. Depois tentou reverter, vacilante, mas as expectativas ficaram machucadas. Como consequência, as taxas de juros futuras subiram, o que pode ser benéfico para quem tem ativos financeiros, mas certamente prejudica o grupo que o novo governo diz ser seu principal foco, os mais pobres.
Temos de pôr um fim nessa bobagem de que equilíbrio fiscal não importa, ou que se destina a pagar “os bancos”. Mais: se os economistas e principais lideranças de um governo autoproclamado de esquerda o fizessem de forma clara e honesta, os ganhos seriam ainda mais expressivos.
O sinal para o mercado, para a sociedade e especialmente para quem não acompanha o debate econômico de perto seria mais crível justamente pelo entendimento de que um governo de esquerda não encamparia a responsabilidade fiscal para agradar os “neoliberais”.

A lógica de que um governo de ideologia em princípio oposta à política pública ideal tem mais credibilidade em sua defesa é conhecida na literatura acadêmica como “Nixon in China argument” – se Nixon, um falcão de direita, defendeu reatar as relações comerciais com o gigante comunista, é porque muito provavelmente era algo realmente necessário (fosse um democrata mais à esquerda, pairariam dúvidas!).
E superávits não são para pagar os “bancos”; são para pagar quem comprou de boa-fé a dívida do governo. E esses quem são? Em sua grande maioria brasileiros (e alguns estrangeiros) que emprestaram para o governo, que por sua vez precisou gastar mais do que arrecadou no passado. O banco é apenas o intermediário.
Tem sido aventado que a falta de rigor com gastos pode ser combatida com mais impostos. Mas no caso brasileiro, já há um caminhão de impostos sendo cobrados… 34% do PIB. Isso não é razoável para um país que ainda não se tornou desenvolvido. É por isso que nós no Por Quê? somos explícitos na defesa de algum teto para os gastos mesmo, não de qualquer ajuste fiscal. E é bom que a nova regra (pois aparentemente a velha já era) seja relativamente simples. Sem simplicidade, não tem como colher credibilidade. E sem credibilidade, vai ser difícil alcançar um equilíbrio de inflação baixa e juros reais baixos.
Este texto foi escrito em coautoria com a equipe do Por Quê?
LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.
Assinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da Folha
Assinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da Folha
Assinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da Folha
Recurso exclusivo para assinantes
assine ou faça login
Leia tudo sobre o tema e siga:
Você já conhece as vantagens de ser assinante da Folha? Além de ter acesso a reportagens e colunas, você conta com newsletters exclusivas (conheça aqui). Também pode baixar nosso aplicativo gratuito na Apple Store ou na Google Play para receber alertas das principais notícias do dia. A sua assinatura nos ajuda a fazer um jornalismo independente e de qualidade. Obrigado!
Mais de 180 reportagens e análises publicadas a cada dia. Um time com mais de 200 colunistas e blogueiros. Um jornalismo profissional que fiscaliza o poder público, veicula notícias proveitosas e inspiradoras, faz contraponto à intolerância das redes sociais e traça uma linha clara entre verdade e mentira. Quanto custa ajudar a produzir esse conteúdo?
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.
Carregando…
Carregando…
A multiplicidade de carreiras para o estudante de direito; escute no podcast
Imunocomprometidos são mais suscetíveis à infecção pela Covid-19
Cânhamo vira diferencial para marcas sustentáveis; veja o especial sobre Cannabis
Prevenção de crimes no mundo digital é tema de podcast
Conceito open traz profunda mudança para o setor financeiro
Produtos nutritivos e oportunidade de renda ao alcance de todos
Por que a Rede D’Or é referência internacional em qualidade técnica
Colgate-Palmolive busca certificação de resíduo zero em todas as operações
Saiba como dar destino correto para os eletrodomésticos sem uso
Educar para um novo olhar e instruir para um novo saber
Exame previne câncer colorretal e trata doença inicial sem cirurgia
Igreja Maranata mostra sinais que anunciam volta de Jesus
Fundo da TC Pandhora é lançado para o público geral
Cartão de crédito versátil revoluciona pagamentos corporativos
Vacinas são importantes em todas as fases da vida
Empresas devem saber acolher colaboradores com depressão
Havaianas celebra 60 anos como exemplo de inovação
Nova lavadora e secadora da LG alia tecnologia e sustentabilidade
Inteligência artificial e automação moldam o futuro das empresas
Recurso exclusivo para assinantes
assine ou faça login
Dados do Prodes de agosto de 2021 a julho de 2022 mostram queda em relação ao ano anterior, mas destruição ainda elevada; diminuições foram registradas em todos os estados, menos no Amazonas
Recurso exclusivo para assinantes
assine ou faça login
Lateral direito será o jogador mais velho a disputar uma partida de Copa pela seleção brasileira
Recurso exclusivo para assinantes
assine ou faça login
Rei do Futebol faz tratamento constante após retirada de tumor; filha minimiza emergência

O jornal Folha de S.Paulo é publicado pela Empresa Folha da Manhã S.A.
Copyright Folha de S.Paulo. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.
Cadastro realizado com sucesso!
Por favor, tente mais tarde!

source

Leave a reply