Política para a borracha pode causar impactos negativos para Rio Preto e região – DHoje Interior

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Associação dos produtores de borracha pede a volta do imposto de importação
A economia internacional está colocando uma das principais atividades agrícolas da região Noroeste em risco: a produção de borracha natural. A cadeia produtiva está sendo desmantelada e pode haver uma ruptura. No Brasil, as repercussões já chegaram à base da Cadeia Produtiva com preços, no campo, 65% abaixo do Preço Mínimo estipulado pela Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB). A região Noroeste é a maior produtora do Estado, que é o maior produtor do Brasil.
Na conjuntura internacional, a possibilidade de baixo crescimento, ou mesmo de recessão econômica, nas principais regiões consumidoras de borracha natural do mundo, em destaque a Zona do Euro e os Estados Unidos (2º e 3º maiores consumidores do mundo), estão afetando o crescimento da demanda de borracha natural.
Em números projetados pelo FMI a União Europeia deve cair de 3,1% de crescimento no PIB em 2022 para 0,5%, em 2023, e os Estados Unidos de 1,6% neste ano para 1% no ano que vem.
A queda na perspectiva de consumo destas regiões, combinada com as sucessivas ameaças de paralisação da economia chinesa, devido a reincidência de surtos de Covid, estão gerando no mercado um desequilíbrio entre oferta e demanda.
Corroborando com esta hipótese, queda nos Índices de PMI (Purchasing Manager Indexes) que medem a atividade fabril já indicam que no mês de outubro China (49,2), União Europeia (46.4) e Estados Unidos (50.4) estão em retração, ou estagnação no caso americano.
Enquanto isso, no Brasil, a queda no custo de importação combinada com uma maior disponibilidade de matéria prima e de produtos industrializados, favoreceu a importação. No período entre janeiro e novembro, atingimos este ano o 2º maior pico de importação de borracha natural dos últimos 25 anos com 204 mil toneladas de borracha seca.
Motivo
A estagnação se deu em grande parte por conta de uma política do governo ederal que, no auge da pandemia, corretamente zerou o imposto de importação de vários produtos e, entre eles, os pneus de carga. Essa medida deveria ter sido temporária, atuando apenas para combater o surto inflacionário da época. Foi uma política assertiva para o momento.
Mas sua permanência em vigor não apenas pelos seis meses propostos, mas durante os dois últimos anos. Com isso, houve um surto de importação de pneus, que saiu de 150 mil pneus ao mês (antes da medida) para, atualmente, 475 mil pneus ao mês, e continua crescendo.
A recente queda no frete marítimo, que retomou os patamares pré-pandemia, deve agravar o cenário estimulando ainda mais a entrada de produtos importados em especial de regiões que não contam com os mesmos padrões de legislação trabalhista e ambiental que as nossas e que, portanto, possuem custo de produção muito abaixo do nacional.
O frete marítimo internacional que chegou a atingir USD11,1 mil em setembro de 2021 já registrou em novembro deste ano média de USD 3 mil, e segue caindo na direção do patamar de USD 1,5 mil, então considerado valor médio (pré-pandemia) em janeiro de 2020.
Enfim, com alto percentual de borracha natural na composição dos pneus de carga, este cenário está tirando grande fatia de consumo do mercado interno brasileiro e atrapalhando o escoamento adequado da safra.
Segundo informações do Conselho de Usinas de Beneficiamento da Associação dos Produtores de Borracha (APABOR), esta situação já impactou no cancelamento das compras de cerca de 60% do volume total das indústrias pneumáticas nos meses de novembro e dezembro, criando um aumento de matéria prima no mercado e prejudicando os preços recebidos pelos produtores.
Sejam os 25 mil seringueiros no campo, 1,6 mil trabalhadores das usinas de beneficiamento, 28,6 mil das Indústrias de pneus, 16,6 mil nas indústrias de reforma de pneus e 47,3 mil no mercado de artefatos de borracha, todos precisam da atenção do governo neste momento delicado, sendo o Governo de São Paulo importante parte interessada já que 67% da produção, 80% do beneficiamento e 60% do consumo industrial se encontram na região.
Medidas
A Associação Paulista dos Produtores e Beneficiadores de Borracha Natural (APABOR) julga ser urgente o acionamento de todas as medidas disponíveis para evitar ou minorar o risco de desmantelamento da cadeia produtiva e propõe: a revisão das alíquotas de importação para todos os produtos da cadeia produtiva da borracha, (matérias primas ou produtos industrializados), acionando o Programa de Garantia de Preços mínimos da CONAB.
Da REPORTAGEM – Dhoje Interior
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