Por que os carros de Fórmula 1 mudaram tanto ao longo dos anos? – Mega Curioso

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A Fórmula 1 é a categoria máxima do automobilismo mundial. Ela conta com os maiores pilotos da atualidade e com carros projetados para entregarem o maior desempenho possível. Porém, enquanto as habilidades dos pilotos continuam sendo igualmente exigidas nas mais de 70 edições, os carros passaram por uma grande modificação.
Na verdade, a cada geração, é possível notar algumas diferenças bastante evidentes — e mesmo entre as equipes atuais, os projetos podem variar bastante. Se você já se perguntou por que os carros atuais não lembram em nada os primeiros modelos, saiba que a resposta é até mais simples do que poderia imaginar.
(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)
O motor de um Fórmula é capaz de atingir velocidades próximas aos 390 km/h e os carros conseguem acelerar de zero a cem km/h em apenas 2,5 segundos. Isso significa que tanto carro quanto motor precisam ser projetados para atingir o maior desempenho possível.
Embora os projetistas de cada uma das equipes precisem partir de um mesmo regulamento, os resultados costumam ser bastante diferentes. E é esse um dos fatores que faz com que os carros mudem tanto. Com motores mais potentes e com a tecnologia de ponta que permite projetar carros com menor resistência ao ar e, consequentemente, mais rápidos, às vezes bastam dois ou três anos para que os novos carros pareçam completamente diferentes dos anteriores.
Outro fator decisivo na atualização dos carros é o chassi. Entre os diferentes construtores de Fórmula 1, os chassis são uma das partes que mais possuem diferenças. O design dessa peça começa com o design do próprio carro e considera vários fatores: velocidade dos circuitos, comprimento das retas de alta velocidade, número de curvas fechadas e onde elas estão situadas em comparação com as seções de alta velocidade, a potência do motor, caixa de câmbio entre outros.
Diferença entre os carros pilotados por Juan Manuel Fangio entre 1954 e 1960 (acima), e por Lewis Hamilton em 2020 (abaixo). (Fonte: Wikimedia Commons)Diferença entre os carros pilotados por Juan Manuel Fangio entre 1954 e 1960 (acima), e por Lewis Hamilton em 2020 (abaixo). (Fonte: Wikimedia Commons)
Houve uma época em que o número de acidentes fatais era consideravelmente alto na Fórmula 1. Apenas no Grande Prêmio de San Marino de 1994, faleceram o piloto austríaco, Roland Ratzenberger, e o brasileiro Ayrton Senna. No mesmo final de semana, Rubens Barrichello também sofreu um acidente que o deixou inconsciente e resultou em fraturas no nariz e no braço.
Muitas das mudanças feitas nos carros — principalmente a partir da década de 1990 — consideraram a segurança dos pilotos. Quando comparados com os carros do início da categoria, além da quase ausência na aerodinâmica, eles não ofereciam nenhum tipo de proteção. Os pilotos ficavam com uma boa parte do corpo para fora e os riscos à integridade física deles era muito maior.
Conforme o tempo passou e os carros se tornaram mais rápidos e potentes, os projetos passaram a ficar cada vez mais achatados e os pilotos hoje precisam ficar praticamente deitados. Isso garante que apenas uma parte da cabeça deles fique para fora, diminuindo os riscos de acidentes fatais.
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