Porto de Vitória ganha selo internacional de segurança – Revista ES Brasil
Por Amanda Amaral
A Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) agora possui certificação internacional de segurança com o selo ISPS Code (sigla para International Ship and Port Facility Security Code), certificação publicada no Diário Oficial da União (DOU) no início de setembro. O Porto de Vitória também está ampliando sua capacidade e recebendo novas cargas.
O selo foi concedido pela Comissão Nacional de Segurança Pública nos Portos, Terminais e Vias Navegáveis (Conportos) e vale por cinco anos.
Com a certificação, a Codesa ganha credibilidade de um porto seguro, o que transmite confiança ao mercado investidor e possibilita novas oportunidades de negócios.
O diretor de Infraestrutura e Operações da Companhia, Bruno Fardin, lembrou que foram meses de trabalho. “Todo esforço e dedicação valeram à pena”, disse. E completou: “Este é um selo importante que poucas autoridades portuárias no Brasil ostentam”.
Para a conquista da certificação, o Porto de Vitória precisou implementar normas e medidas internacionais de segurança para controle de acessos e monitoramento.
A Comissão Nacional de Segurança Pública nos Portos, Terminais e Vias Navegáveis (Conportos) homologou o Estudo de Avaliação de Riscos (EAR) e o Plano de Segurança Portuária (PSP), anteriormente aprovado no âmbito da Comissão Estatual e emitiu a declaração de cumprimento de todos os requisitos. O registro também foi feito junto à Organização Marítima Internacional, em inglês International Maritime Organization (IMO).
Segundo o coordenador de Segurança Portuária da Codesa, Reroldi Monteiro, a elaboração de um EAR, por exemplo, “garante a eficácia e a adequabilidade às medidas e procedimentos de segurança necessários para a proteção de qualquer complexo portuário analisado. Representa maior confiança do mercado, novas oportunidades e credibilidade”.
Outra novidade no Porto de Vitória foi a recente liberação de novos calados operacionais, o que permite a atração de navios com maior capacidade de carga.
Os ganhos ocorreram em seis berços nas margens de Vila Velha e Vitória. São eles: 101 (11,20m para 12m); 102 (9,20m para 9,40m); 207 (11,40m para 12,50m); 203 (11,90m para 12,50m); 206 (10,10m para 10,80m); e no berço 905 (10,40m – sem flutuantes, e 10,70m – com flutuantes, para 10,80m – sem flutuantes).
Para a então diretora de Planejamento e Desenvolvimento da Codesa, Raquel Guimarães, “a ampliação do calado tem impacto direto na capacidade de embarque, reduzindo os custos operacionais”. Na ocasião, ela salientou que os novos calados aumentam a competividade das cadeias de atendimento pelos terminais do Porto de Vitória.
O diretor de Infraestrutura e Operações da Companhia, Bruno Fardin, completou: “Os ganhos no calado operacional de um porto, além de aumentarem a segurança da navegação, influenciam diretamente no custo logístico”.
O Porto de Vitória também passou a movimentar uma nova carga. O espodumênio teve seu primeiro embarque em agosto, com volume aproximado de 34 toneladas de granel sólido. O destino foi a China.
“É um primeiro teste, projeto piloto que pode se tornar contínuo. O espodumênio é um novo produto sendo exportado pelo Porto de Vitória”, destacou Wagner Cantarela, gerente comercial da Multilift Logística. O agente foi a empresa Orion Rodos.
A então diretora de Planejamento e Desenvolvimento (Dirpad) da Codesa, Raquel Guimarães, considerou muito promissora a realização do “teste piloto” com a nova carga, e sublinhou a integração da companhia para viabilizar o projeto. “Nossas áreas comercial e de meio ambiente participaram ativamente da captação deste projeto e das providências com órgãos anuentes, em conjunto com o operador portuário”, finalizou.
O espodumênio é um mineral que apresenta em sua composição química o lítio e é de alta relevância para a indústria de baterias de celulares, notebooks e tablets, além de ser demandado na fabricação de automóveis elétricos ou híbridos. A carga era proveniente de Minas Gerais.
Recentemente, foi realizada a aquisição do controle acionário da Codesa pela Quadra Capital, vencedora do leilão da primeira desestatização portuária do Brasil, no valor de R$ 106 milhões, com mais R$ 850 milhões a serem investidos na modernização e ampliação dos Portos de Vitória e Barra do Riacho.
Com informações do Porto de Vitória.
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