Posse de Lula: 8 curiosidades sobre a cerimônia deste domingo – JOTA

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Evento registrou apresentações culturais e contou com simbolismos políticos
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tomou posse como presidente da República neste domingo (1/1) em Brasília. Resultado da eleição mais acirrada desde a redemocratização, a cerimônia abre as portas a escrita de um novo capítulo na história brasileira. E Isso não poderia acontecer sem uma série de momentos icônicos e simbolismos.
A posse de Lula contou com a presença de chefes de Estado e autoridades internacionais e da cadela Resistência, que ficou na vigília que saudava o petista todos os dias enquanto ele esteve preso em Curitiba. O evento também registrou imagens representativas do momento, como as cores das gravatas de Lula e Alckmin e passagem da faixa presidente por representantes do povo brasileiro.
O JOTA realizou uma seleção de oito curiosidades sobre a posse de Lula. Veja quais são:
A cerimônia de posse é um rito institucional que normalmente não apresenta uma profusão de novidades. Ela tem suas tradições, como o desfile com o Rolls-Royce conversível e a passagem de faixa presidencial, e não há muito espaço para originalidade.
A equipe de Lula, no entanto, preparou dois palcos na Esplanada dos Ministérios que tiveram apresentações musicais antes e depois das solenidades. O evento foi denominado Festival do Futuro e contou com as performances de Pabllo Vittar, Zélia Duncan e BaianaSystem.
No palco do festival do Futuro, apoiadores do presidente Lula celebram a posse com a música mais ouvida neste domingo em Brasília: “Tá na hora do Jair já ir embora”. pic.twitter.com/GgdOlDtBqS
JOTA (@JotaInfo) January 1, 2023

Para as festividades deste domingo, um robusto esquema de segurança foi montado. Junto com as revistas e o policiamento tradicional, foi proibida a utilização de drones não autorizados no espaço aéreo da região. A Polícia Federal (PF) derrubou um desses equipamentos com uma arma que interrompe o controle remoto e permite que o agente intercepte o dispositivo.
Ao assinar o termo de posse, Lula utilizou uma caneta que ganhou de um apoiador em 1989 caso vencesse as eleições presidenciais daquele ano. A vitória não veio. Quando ele venceu, não utilizou a caneta nas posses dos anos de 2003 e 2007. Ao assinar a posse de seu terceiro mandato, o presidente contou que havia achado a caneta do apoiador e usou o objeto que ganhou de seu apoiador, destacando o ‘’valor sentimental’’ do objeto.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), usaram gravatas de cores diferentes hoje. O petista escolheu o azul, mesmo tom do PSDB, onde Alckmin passou a maior parte de sua vida política e partido pelo qual concorreu contra o próprio Lula. A cor é também associada a linhas de pensamento conservadoras. Já o vermelho, estampado no peito do vice-presidente da República, é vinculado ao progressismo e, no Brasil, ao Partido dos Trabalhadores.
Mesmo com a ausência do ex-presidente Jair Bolsonaro, que viajou para os Estados Unidos na última sexta-feira (30/12), a equipe de Lula manteve a solenidade de passagem da faixa. O mistério ficou por conta de quem transmitiria a peça a Lula. E, numa cena inédita, representantes do povo subiram a rampa do Palácio do Planalto ao lado de Lula e passaram a faixa presidencial a ele.
Participaram do momento histórico:
O grupo representa o povo brasileiro e sua diversidade. Lula recebeu a faixa de Aline.
Outra personagem da cerimônia foi a cadela Resistência, conduzida por Lula enquanto ele subia a rampa do Palácio do Planalto. A cachorra era mascote dos militantes que integraram a vigília “Lula Livre” em Curitiba, onde o presidente ficou preso. Ela foi adotada pelo petista e sua mulher, Rosângela da Silva, a Janja.
Ao todo, foram 65 delegações de chefes e vices-chefes de Estado, de Governo e de Poder, que confirmaram presença na posse de Lula. Entre eles, o rei da Espanha e os presidentes da Alemanha, da Angola, da Argentina, da Bolívia, do Chile, da Colômbia, do Equador e de Portugal. O número supera o de autoridades estrangeiras que vieram ao Brasil para os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.
Logo após assumir o cargo, o presidente Lula assinou a posse de seus 37 ministros, entre eles a primeira indígena a ser nomeada para um ministério. A ativista Sônia Guajajara (PSOL-SP) foi escolhida para ocupar o Ministério dos Povos Indígenas, pasta criada pelo novo governo. Outros destaques foram Marina Silva (Meio Ambiente), Simone Tebet (Planajamento), Fernando Haddad (Fazenda) e Nísia Trindade (Saúde).
Redação JOTA – Brasília
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