Presidente do Circuito das Américas rejeita retorno da Indy: “Números precisam voltar” – Grande Prêmio

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O Circuito das Américas, em Austin, no Texas, se tornou um dos maiores autódromos do mundo nos últimos anos e atualmente detém o recorde de público da Fórmula 1, com mais de 400.000 espectadores comparecendo à corrida deste ano. Desde a primeira prova, em 2012, a categoria cresceu monstruosamente nos Estados Unidos, atraindo milhares de novos fãs, muito por conta da série ‘Drive To Survive’.
Não à toa, o país receberá três provas da Fórmula 1 em 2023, com etapas também em Miami e Las Vegas. Mas o evento principal e que segue levando a alcunha de GP dos Estados Unidos segue sendo no Texas. Bobby Epstein, presidente do circuito, relembrou do início e da mentalidade adotada para tornar a corrida em um grande evento.
“Quando nos envolvemos na F1, nos perguntamos se o circuito era capaz de gerar o dinheiro necessário para sustentar o negócio”, disse Epstein, em entrevista à Forbes. “Tivemos que pensar nisso como um evento: graças a isso chegamos a 400.000 espectadores. Claro que cometemos alguns erros no início. Depois de organizar um evento no primeiro ano, você acha que tem algo espetacular e planeja continuar nessa onda. No entanto, no terceiro e quarto ano percebemos que o número de fãs puros que havíamos criado não nos sustentaria até a décima temporada“, prosseguiu.
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“As pessoas pensaram que estávamos nos afastando das corridas introduzindo entretenimento (por exemplo, um show da Taylor Swift em 2016), agora é a coisa mais próxima das corridas. Não há circuito que teste os pilotos assim e nenhum lugar onde você possa ver as corridas assim, isso nos permite nos diferenciar. Nosso trabalho é organizar um grande evento, não é nosso trabalho fazer um grande show. Temos que fazer as coisas certas para os fãs e colocar uma estrutura que funcione e permita que eles se movam facilmente ou não tenham que esperar horas para comer”, explicou.
Após sua estreia em 2012, o circuito passou a receber outras categorias, como a MotoGP e a Indy, que acabou realizando apenas uma corrida, em 2019, vencida por Colton Herta. A pandemia atrapalhou um possível retorno da categoria americana, mas Bobby destaca que isso seria financeiramente inviável. Com apenas 30 mil ingressos vendidos em sua única edição, a prova não traz retorno suficiente para o Circuito das Américas abrir suas portas.
“Ficaríamos felizes em fazer negócios com a Indy no futuro. Uma coisa sobre um circuito tão grande é que abrir os portões é muito caro. Não basta abrir uma arquibancada para deixar as pessoas entrarem. Se um espectador quiser ver a curva 11, está a uma milha de distância (aproximadamente 1,6 quilômetro). Do ponto de vista logístico, somos provavelmente o estabelecimento mais caro para abrir”, relatou Eppstein.
“É uma questão de quantos ingressos podem ser vendidos e se a Indy pode vender ingressos suficientes para ir a Austin. Não é nosso trabalho construir grandes fãs da categorias. Por mais que queiramos, não é nosso trabalho e não temos orçamento para isso. Sou um grande fã deles, mas os números precisam voltar”, afirmou o presidente do circuito.
O foco de Epstein é mesmo na Fórmula 1, e o americano tem uma meta ambiciosa: atingir meio milhão de espectadores: “É um grande desafio, esperamos conseguir isso. Poderíamos ter vendido esse número de ingressos se tivéssemos infraestrutura para receber tanta gente. Vamos tentar atingir 500.000 fãs em três dias. Estamos prontos para isso”, concluiu Bobby.

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