Procuradores traçam estratégia para Lula escolher PGR da lista tríplice – UOL Confere

0
61

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.
Escreve sobre o Poder Judiciário, com ênfase no Supremo Tribunal Federal, desde 2001. Participou da cobertura do mensalão, da Lava-Jato e dos principais julgamentos dos últimos anos. Foi repórter e analista do jornal O Globo (2001-2021) e analista de política da CNN (2022). Teve duas passagens pela revista Época: como repórter (2000-2001) e colunista (2019-2021).
Colunista do UOL
12/12/2022 04h00
Integrantes do MPF (Ministério Público Federal) planejam nos bastidores uma estratégia para convencer o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a seguir a lista tríplice na escolha do PGR (procurador-geral da República).
O petista tem evitado falar na sucessão de Augusto Aras e, perguntado se seguiria a lista da categoria para escolher o próximo ocupante do cargo, tem dito que ainda não tomou essa decisão.

O mandato de Aras termina em setembro de 2023. Mas a corrida pela cadeira já esquenta o Ministério Público.
Como é o processo de escolha? A cada dois anos, quando há troca de comando no cargo, a ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República) organiza uma votação para a categoria escolher três candidatos a ocupar a principal cadeira do Ministério Público. Essa lista é enviada para o presidente da República, que tem a palavra final.
Pela Constituição Federal, o presidente da República não é obrigado a seguir a lista. Ele pode nomear quem quiser para o cargo.
Aliados de Lula defendem que ele escolha alguém de sua confiança para o cargo, para não repetir o que petistas consideram um erro grave.
Quando foi presidente, Lula nomeou integrantes da lista tríplice e acabou sem proteção judicial. O auge do revés foi quando Antonio Fernando de Souza apresentou denúncia sobre o mensalão ao STF (Supremo Tribunal Federal) contra aliados importantes de Lula.
Para tentar convencer Lula a adotar a lista, procuradores defendem que só apresente candidatura quem de fato tenha chances de ser escolhido para o cargo. Ou seja: procuradores com pouca ou nenhuma possibilidade de serem escolhidos por Lula seriam incentivados a desistir da cadeira antes mesmo de tentá-la.
Como os petistas fizeram nas outras gestões? Nos oito anos de seus primeiros dois mandatos, Lula adotou a lista tríplice para escolher o procurador-geral da República. Sua sucessora, Dilma Rousseff (PT), fez o mesmo nos seis anos em que esteve no Palácio do Planalto.
Foi uma forma de prestigiar o Ministério Público, mas, na prática, ambos sofreram reveses. Em 2012, o processo do mensalão resultou na condenação de petistas próximos do presidente, como o ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu.
Depois de Antonio Fernando, a cadeira principal da PGR foi ocupada por Roberto Gurgel, que endossou as denúncias do mensalão durante o julgamento no STF. Rodrigo Janot foi o último procurador-geral dos governos petistas. Fez dezenas de denúncias da Lava Jato no STF. Entre os alvos de Janot, estava a cúpula do PT. Lula foi preso em abril de 2018 por ordem da Lava Jato.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}

Por favor, tente novamente mais tarde.

Não é possivel enviar novos comentários.
Apenas assinantes podem ler e comentar
Ainda não é assinante? .
Se você já é assinante do UOL, .
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia os termos de uso

Carolina Brígido
Carolina Brígido
Carolina Brígido
Carolina Brígido
Carolina Brígido
Carolina Brígido
Carolina Brígido
Carolina Brígido
Carolina Brígido
Carolina Brígido
Carolina Brígido

source

Leave a reply