Promessa de Lula não deve ser cumprida: entenda! – Seu Crédito Digital

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Promessa de isenção de Imposto de Renda de até R$ 5 mil, feita pelo presidente Lula, pode não ser cumprida. Veja o que os especialistas dizem!
Ainda em sua campanha eleitoral, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma promessa sobre a faixa de isenção do Imposto de Renda. Segundo ele, um dos seus principais planos de governo era concretizar a mudança de isenção do IR para R$ 5 mil.
Porém, segundo depoimento de membros do novo governo, como a Ministra do Planejamento e o Ministro da Fazenda, tudo indica que o plano não sairá do papel ainda este ano. Confira, a seguir, o que dizem especialistas sobre o assunto.

De acordo com declaração de Fernando Haddad, atual Ministro da Fazenda, a mudança na faixa de isenção do IR não deve ocorrer em 2023. Segundo o representante da Fazenda, o assunto deve vir à tona no segundo semestre deste ano:
“No segundo semestre, nós queremos votar uma reforma tributária sobre a renda para desonerar as camadas mais pobres do imposto e onerar quem hoje não paga imposto, muita gente no Brasil não paga imposto, precisamos reequilibrar o sistema tributário para melhorar a distribuição de renda”.
Especialistas em economia alegam que promessa de Lula de aumentar a isenção para pessoas que ganham até R$ 5 mil é impossível de ser cumprida no cenário econômico do país.

No entanto, não fazer nada em relação à tabela de isenção também não agrada a população. Para o doutor em Economia e economista-chefe da Farsul, Antonio da Luz, o presidente Lula errou ao prometer algo que não tem como ser realizado neste momento. O economista argumenta:
“Não tem a menor possibilidade do ponto de vista orçamentário. Mas também não atualizar a tabela, de modo que quem ganha um salário mínimo e meio pague Imposto de Renda, as duas coisas seriam erradas. E o grande erro, na minha opinião, não é isentar as pessoas até R$ 5.000 em 2023. Porque não tem como fazer. O erro foi prometer o que é impossível de ser cumprido”.
Então, qual seria a melhor solução para o momento? Para Antonio da Luz, a saída mais plausível seria uma redução nos gastos públicos. Ou, até mesmo, em último caso, aumentar a dívida pública.

O professor e conselheiro do Corecon-DF, Cesar Bergo, alega que “[…] também é óbvio que esse aumento da arrecadação em função do não reajuste da tabela do Imposto de Renda também é indevido”.
Isso porque devido ao reajuste do salário mínimo, brasileiros com renda mensal a partir de um salário mínimo e meio (R$ 1.953) terão de começar a declarar Imposto de Renda. Com isso, o número de contribuintes deve subir significativamente.
Atualmente, a tabela do Imposto de Renda segue assim:
Imagem: Marcus Mendes/shutterstock.com

Coordenadora de redação. Gaúcha, natural de Pelotas. Uma curiosa ativa nas redes, sempre ligada nas informações acerca da web.
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