Promotor afirma que há vasta quantidade de provas contra o … – Diário

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O caso conhecido como Operação Santidade está próximo de ganhar novos capítulos. A investigação se tornou pública ainda em novembro de 2022, quando, por meio de uma liminar do Tribunal de Justiça, o prefeito Silvio Weber (PSB) foi afastado, junto com a secretária da Educação, Luciane Andadre, o diretor de Serviços, Vitor Flores Niederuer. Ao mesmo tempo, o Ministério Público do Rio Grande do Sul cumpriu mandados de busca e apreensão na prefeitura, na Câmara de vereadores.

Agora, dois meses depois, em entrevista exclusiva ao Diário, o promotor Antonio Képes, responsável pela condução da operação, garante que já existem provas suficientes para denunciar Weber por suposto crimes em contratos de licitação, desvio de dinheiro público e corrupção. Entretanto, há muito material apreendido sendo, ainda, avaliado.
— A extração do material digital de computador, de celulares e análise desses materiais está sendo realizada. Então, ele está afastado e, em breve, já serão concluídos relatórios e oferecida a denúncia a respeito dos crimes praticados. Nós temos ali possíveis delitos praticados pelo prefeito municipal, que estão sendo devidamente confirmados pelas provas até então analisadas. Que dizem respeito a crimes licitatórios, desvio também do dinheiro público e nós estamos analisando a prática de crime de corrupção — afirma o promotor responsável pelo caso.
Na época, quando os mandados de suspensão foram expedidos, a investigação prévia tinha revelado um esquema criminoso supostamente capitaneado pelo prefeito de irregularidades e superfaturamento em serviços prestados por terceirizadas. Em um deles, o prejuízo aproximado alcançou o montante de R$ 471.106,63. Há suspeitas, ainda, do pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos, com consequente desvio de rendas públicas. Ainda pesa contra o prefeito, como autor intelectual, e mais dois investigados, a imputação de crime de roubo na residência do presidente do Legislativo de 2022, Mano Zimmermann (PSB).
— Então, a tendência é de que o prejuízo possa ser até maior. Agora, nós com a análise do material dos contratos licitatórios, com as notas de empenho todo esse material apreendido na prefeitura e Secretaria de Obras do município — explica Képes.
Esse material — bens digitais, documentação acerca de licitações e documentação de notas de empenho feito pela prefeitura a determinadas empresas — foi coletado pelos investigadores durante o mandado de busca e apreensão que foi realizado em 17 de novembro. O MP afirma que a análise ainda está sendo feita, mas já foi encontrada uma vasta quantidade de provas.
— Eu posso adiantar que todas as suspeitas levantadas e apuradas pela investigação que nos conduziram até o cumprimento dos mandados de busca e apreensão no município, que culminou, inclusive, com o afastamento dele (prefeito), estão sendo confirmadas. Nós já tínhamos um bom material que fez com que os desembargadores decidissem para que houvesse o afastamento do prefeito, numa decisão cautelar. E a tendência é se confirmar a todos esses indicativos já levantados. (…) No município de Itaara, nós tivemos muita prova a ponto de um prefeito ser afastado, que é algo, como eu vou repetir, é algo gravíssimo, é algo que vai contra a escolha até dos munícipes. E então tem que ser muito grave pra que isso ocorra. E isso é o que ocorreu em Itaara.
Sobre a denúncia de que o prefeito afastado teria sido o mentor intelectual do roubo na casa do presidente da Câmara de Vereadores na época, Mano Zimmermann (PSB), o MP alega ainda não poder divulgar novas informações por questões de risco. Na época, em entrevista, Silvio Weber acusou Zimmermann de criar uma armação para tentar incriminá-lo. Eles são do mesmo partido do prefeito, porém adversário político.
Já sobre as queixas de Weber de perseguição e armação política, o promotor do MP foi enfático ao afirmar que “é uma alegação de todo e qualquer prefeito”.
— É a primeira alegação que eles fazem, que é uma questão política e tal. E existe a questão política da questão da oposição, porque muitas das denúncias partem de uma oposição forte no município. Geralmente, as denúncias são feitas assim ou de munícipes também, e que é fruto da realização política, isso existe. Agora, a gente tem o máximo de cautela para distinguir o que é questão política e o que é questão de fato que ocorreu — completa.
O promotor Antonio Képes ainda atualizou que, nas próximas semanas, devem ser concluídos alguns relatórios parciais e que a denúncia deve ser apresentada no prazo inicial de seis meses. Neste tempo, ainda serão realizadas oitivas dos suspeitos e testemunhas. O prefeito deve ser ouvido já nas próximas semanas, na comarca de Santa Maria. O MP não descarta a descoberta de novos suspeitos ao longo que novas provas forem sendo coletadas.
A reportagem entrou em contato com a defesa do prefeito de Itaara, entretanto, até a publicação desta reportagem não obtivemos retorno. Também conversamos com o padre licenciado Silvio Weber, que afirmou preferir se manifestar por meio do advogado, porém disse estar tranquilo de que não há provas que o incriminem.
— Eles não encontraram prova nenhuma de nada. Agora, o advogado está trabalhando nisso. Entre o que eles dizem e o fato real tem uma contradição muito grande. Não foi constatado nenhuma vírgula do que eles acusaram e falaram. Eu não fui notificado, não fui intimado, não fui ouvido. (Eu estou) muito tranquilo, porque não tem prova nenhuma do que eu fui acusado, uma coisa é dizer, levantar suspeita, mas prova não tem — argumentou Weber
denzel.valiente@diariosm.com.br
jaqueline.silveira@diariosm.com.br
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