Quem venceu as batalhas estaduais entre Lula e Bolsonaro no Twitter – VEJA

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A análise do que circula nas redes sociais se tornou uma importante ferramenta para compreender os cenários da campanha presidencial. Neste segundo turno, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) geraram cerca de 4,3 milhões de conteúdos no Twitter (entre posts e retuítes) associando os nomes dos candidatos a estados e regiões. Levantamento feito pela Vox Radar, empresa especializada na análise das redes sociais, a pedido da agência de comunicação O Pauteiro traçou um perfil dessas publicações entre 3 de outubro e a manhã desta sexta, 28.
Minas Gerais é o estado que mais foi citado junto com o nome de Bolsonaro (429.000 vezes), justamente um estado-chave para a tentativa do presidente de reverter a vantagem obtida por Lula no primeiro turno. O pico de menções foi em 4 de outubro, quando o governador reeleito Romeu Zema (Novo) declarou apoio a Bolsonaro e começou a fazer campanha para ele.
Do outro lado, o Rio de Janeiro foi o mais citado junto com o nome de Lula (269.300 vezes). O estado foi palco de intensa campanha do petista para tentar diminuir a vantagem do adversário por ali. A data que registrou mais menções foi 12 de outubro, quando Lula esteve em um ato no Complexo do Alemão e virou alvo de fake news por causa da sigla CPX, que significa “complexo” e estava no boné que ele usava.
O levantamento mostra que as menções na rede social, em alguns casos, confirmam as tendências vistas nas pesquisas de intenção de voto. Os três estados da região Sul, por exemplo, aparecem muito mais associados a Bolsonaro do que a Lula — Rio Grande do Sul (41.000 x 16.600), Santa Catarina (27.000 x 14.700) e Paraná (91.600 x 12.700).
Mas algumas localidades fogem dessa regra — e por causa de motivos curiosos. Pernambuco, onde Lula lidera com folga, surgiu no Twitter muito mais associado a Bolsonaro do que ao petista (59.800 vezes ante 54.700), mas não foi por algo positivo. O pico do presidente foi no dia 13 de outubro, quando ele realizou ato de campanha no Recife que viralizou por causa da pequena quantidade de apoiadores presentes.
Já Lula dominou as postagens com menção a Mato Grosso, estado predominantemente bolsonarista (22.000 x 19.000). O recorde de menções foi em 17 de outubro, quando os perfis fizeram piadas sobre uma fala do petista no debate da Band, realizado no dia anterior. Na ocasião, Lula citou uma suposta ponte na divisa entre Mato Grosso e Minas Gerais, mas os estados não são vizinhos. No geral, Bolsonaro apareceu mais vezes associado aos estados da região Centro-Oeste do que Lula (a única exceção foi Mato Grosso).
Do mesmo modo, o atual mandatário também “venceu” nas publicações que citam estados da região Norte. No entanto, o maior destaque, referente ao Pará, foi negativo. Houve 51.000 conteúdos ligando Bolsonaro ao Pará (Lula teve 20.500), com pico em 8 de outubro, quando o presidente foi ao Círio de Nazaré. Na data, circularam vídeos com vaias, além da gafe que ele cometeu ao escrever “Sírio” com “S”.
O Nordeste foi a região mais associada a ambos os candidatos neste segundo turno: 644.800 conteúdos relacionados a Bolsonaro e 339.000 referentes a Lula. As menções a Bolsonaro, porém, foram principalmente negativas (65%). O mesmo se viu com Lula, mas em dimensão menor (43% de conteúdos negativos). O pior dia de Bolsonaro ali foi 6 de outubro, quando ele associou a boa votação de Lula no Nordeste ao analfabetismo.
Já as associações dos candidatos com o maior colégio eleitoral do país, São Paulo, foram em número equilibrado. Bolsonaro teve 281.000 menções, e Lula, 234.000.
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