Regina Duarte ressurge moralista no teatro após 'namoro' com Bolsonaro – UOL

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Foi em meio às montanhas e à arquitetura europeia de Campos do Jordão, no interior de São Paulo, que Regina Duarte escolheu voltar aos palcos. A chamada “Suíça brasileira” recebeu a atriz para um espetáculo após um hiato de três anos permeado por uma breve participação fracassada no governo do presidente Jair Bolsonaro.
Em seu retorno, a atriz leu textos de Monteiro Lobato. O universo infantil do “Sítio do Picapau Amarelo” até apareceu, mas Regina deu preferência às fábulas do autor, sempre arrematadas com os mesmos valores morais que ela exaltou ao final da apresentação em conversa com o público.
Batizada de “Monteiro Lobato por Regina Duarte”, a apresentação deste sábado (10) marcou a estreia da Série Arte 360, promovida pelo hotel de luxo Quebra Noz, a cerca de 180 quilômetros da capital paulista. Haverá ainda um repeteco neste domingo (11).
Na noite de estreia, parecia que todo mundo se conhecia. O público aguardava o início do espetáculo espalhado pelas cadeiras e poltronas de design no lobby do hotel, enquanto garçons uniformizados distribuíam taças de espumante e pedaços de pizza. Havia até uma lareira acesa, embora seja dezembro e o verão esteja prestes a chegar ao Brasil.

A apresentação começou com cerca de meia hora de atraso. Cadeiras de madeira foram enfileiradas para acomodar a plateia, formada por cerca de cem pessoas, no auditório do hotel. A pianista Vera Cláudia Ferrari recepcionou o público com “Lua Branca”, de Chiquinha Gonzaga.
Logo Regina subiu ao palco e, bem-humorada, comentou sobre o nervosismo da estreia. Mas a plateia estava tranquila, mesmo com o atraso e a acomodação improvisada. No palco, a atriz comandou uma leitura dramática dos textos de Lobato.
Embora o autor seja conhecido pelo universo lúdico do “Sítio”, Regina optou por colocar todos os atores alinhados no palco com roupas pretas sisudas para fazer a leitura. Para completar o clima solene, intervenções sonoras foram feitas ao piano.

Sua trupe tinha os atores Matheus Braga, Igor Kovalsky, Luísa Levenstein e Christiane Fogaça. Gabriela Duarte, sua filha, e Manuela Goldflus, a neta, fizeram participações especiais.
Emília, Visconde de Sabugosa, Dona Benta e Pedrinho apareceram, assim como Saci e Tia Nastácia, mas o que Regina preferiu mostrar mesmo foram as fábulas do escritor, sempre pontuadas com uma lição de moral entre piscadelas e caretas dos atores.

“O Pulo do Gato”, por exemplo, trazia uma conversa entre Pedrinho e Dona Benta sobre gatos e onças. No final, Pedrinho pergunta se é verdade que “os políticos espertos usam o pulo do gato”. A avó responde dizendo que “os políticos matreiros são os gatos da humanidade, dão toda sorte de pulos, e sabem muito bem essa história de cair de pé”. A plateia deu gargalhadas.
Ao final da apresentação, houve ainda um bate-papo. Regina contou que a proposta para a peça surgiu após uma visita ao Quebra Noz no final de outubro, quando sua filha participou do Festival de Primavera de Campos do Jordão.
“Perguntaram se eu tinha alguma coisa preparada para trazer, porque estavam inaugurando essa sala cultural, e fiquei muito interessada”, disse. Ela queria trazer “O Urso”, de Anton Tchekhov, mas acabou esbarrando em Lobato, um autor da região que completaria 140 anos em 2022.
“Estava tão apaixonada pelos textos dele que decidi que faria neste ano mesmo”, diz, explicando o clima de improviso. “Vocês se sentiram como se estivessem em um teatro —e não em um auditório de palestras?”, perguntou ao público, que riu e respondeu com um enfático “não”.

Durante o bate-papo, Regina ainda elogiou Lobato, dizendo que “ele valoriza a família”, e reclamou que “tentaram censurá-lo”. O escritor teve obras reeditadas para suprimir os trechos racistas. O governo Bolsonaro criticou a atitude, encabeçada pela bisneta do autor, Cleo.
À reportagem, a atriz definiu a volta aos palcos como “uma festa”. Seu plano é levar a peça para outros lugares. “Monteiro Lobato precisa ser revisitado. Ele tem um valor que foi muito menosprezado por puro preconceito.”
O retorno aos palcos aconteceu após um período de aproximação da atriz com Bolsonaro e seu rompimento com a Globo. Ela encerrou o contrato de 50 anos com a emissora para assumir a Secretaria Especial de Cultura, onde ficou por menos de três meses, após um intenso processo de fritura e sob a promessa de que chefiaria a Cinemateca Brasileira, o que não ocorreu.
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