Relação de Lula e do PT com ditaduras é pedra no sapato histórica – UOL

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A relação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do PT com regimes autoritários da América Latina se tornou uma das principais pedras no sapato do petista em corridas eleitorais e com frequência é usada por opositores como combustível para atacá-lo —ora com fatos, ora com desinformação.
Quando esteve no Planalto, de 2003 a 2010, Lula foi próximo de Fidel Castro (1926-2016), líder da ditadura de partido único de Cuba, e Hugo Chávez (1954-2013), na Venezuela. Alas do PT também mantêm laços com grupos como os sandinistas da Nicarágua —que capitanearam a democratização do país até iniciarem uma guinada autoritária.
Lula foi e é questionado por não se opor explicitamente à cooptação de instituições nessas e em outras nações, ainda que não tenha replicado no Brasil a erosão democrática posta em prática nelas.
O PT responde com o mesmo argumento: o de que é preciso respeitar a soberania e a autodeterminação dos povos —ou seja, não caberia a um país se intrometer na política doméstica de outro.
Veja abaixo um breve histórico das relações do do candidato petista com líderes e regimes autoritários.
Um resumo com o que de mais importante a Folha destaca sobre a eleição
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Lula assumiu em 2003 uma gestão que, sob a batuta de seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso (PSDB), já aprofundava ligações com Caracas. O petista estreitou laços econômicos e se tornou próximo de lideranças do regime.
Ele apoiou Nicolás Maduro em sua corrida para o Palácio de Miraflores. Em 2013, o hoje ditador disse que Lula e Chávez eram como irmãos e afirmou que o petista era uma espécie de pai.
O ex-presidente recentemente declarou discordar da política econômica do regime venezuelano —cuja profunda crise resulta, entre outras coisas, em um fluxo intenso de refugiados—, e defendeu a alternância de poder: “Não há presidente insubstituível”.
O ex-chanceler Celso Amorim, seu principal conselheiro de política externa, afirmou que, caso eleito, Lula retomará relações com Caracas, rompidas na gestão de Jair Bolsonaro (PL).

Ainda que em fins da década de 1998 criticasse a ditadura de partido único da ilha, Lula manteve relação próxima com os irmãos Fidel e Raúl Castro, líderes da Revolução Cubana e do regime autocrático cubano.
Durante seu governo, o BNDES financiou a construção do porto de Mariel no país caribenho. Em meados de 2021, quando Cuba assistiu aos maiores protestos contra o regime e uma crônica crise econômica de décadas Lula saiu em defesa de Havana. “Os problemas de Cuba serão resolvidos pelos cubanos”, disse. Na repressão, mais de 1.400 manifestantes foram detidos, muitos ainda nem passaram por julgamento e diversos receberam sentenças de até 25 anos de cadeia.
Nos últimos meses, porém, o petista mencionou o regime da ilha de maneira crítica, mesmo quando não foi indagado. Em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, disse que só não há polarização no Partido Comunista de Cuba e no PC Chinês —uma vez que são os únicos permitidos nos respectivos países.
Já na terça (18), quando foi questionado sobre o tema da regulação da mídia durante entrevista ao podcast Flow, disse que “ninguém quer uma regulação como Cuba”. “Ninguém quer uma rádio ou televisão que só fala aquilo que interessa ao governo, fica chato para caramba.”

Alas do PT são próximas à Frente Sandinista de Libertação Nacional, partido que ajudou a derrubar a ditadura de Anastasio Somoza em 1979. Os partidos atuam juntos no Foro de São Paulo, grupo que reúne dezenas de legendas de esquerda da América Latina e do Caribe.
Com a guinada autoritária conduzida pelos sandinistas, que incluem eleições de fachada, detenção de opositores e cooptação do Judiciário, algumas alas petistas distanciaram-se da sigla nicaraguense. Outras, nem tanto.
Lula já chegou a aconselhar o ditador Daniel Ortega a “não abrir mão da democracia”. À Folha, em janeiro, figuras da cúpula da campanha petista se posicionaram contra prisões políticas no país. Na campanha brasileira, Bolsonaro tem citado a prisão de religiosos críticos a Ortega para atacar o regime e a proximidade de Lula com o político.
A aproximação entre Moscou e Brasília cresceu após a criação do Brics, aliança de economias emergentes que envolve também Índia, China e África do Sul, em 2009.
Em maio, na contramão de outras lideranças do Ocidente, Lula disse que Volodimir Zelenski, o presidente da Ucrânia, é tão responsável pela guerra em seu país quanto o líder russo, o presidente Vladimir Putin, que mais e mais se aproxima de um autocrata. Após o episódio, chegou a ser acusado por Kiev de fazer propaganda russa.

Com uma agenda externa que priorizava as relações com o Sul Global, o governo de Lula promoveu uma aproximação econômica com diversas nações da África, notadamente as de língua portuguesa. Algumas delas são lideradas por autocratas, como Guiné Equatorial, na qual o petista tinha relações próximas com Teodoro Obiang.
Lula também era próximo de José Eduardo dos Santos, de Angola. O líder governou o país de 1979, pós-independência, até 2017, em um regime marcado por corrupção. Na era petista, obras de empresas brasileiras proliferaram no país com apoio do governo —algumas movidas a propina e superfaturamento
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Como diversas nações emergentes, o país se aproximou de Pequim, maior parceiro comercial brasileiro desde os anos finais do governo Lula. A relação estava menos baseada em uma aliança ideológica com a ditadura de partido único do centenário Partido Comunista Chinês e mais em uma aliança econômica.
Em 2021, Lula disse que a China tem “um partido forte e um governo forte”, em entrevista à imprensa chinesa. Sua sucessora, Dilma Rousseff, chegou a dizer que Pequim “representa uma luz nessa situação de absoluta decadência e escuridão que é atravessada pelas sociedades ocidentais”.
Lula manteve relação com o ditador Muammar Gaddafi (1942-2011). Fez diversas viagens ao país do norte da África e chegou a chamar o autocrata de “amigo e irmão”. Gaddafi comandou com braço de ferro o país do final da década de 1960 até 2011, quando foi morto.
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