Relação de Pelé com o futebol começou com exemplo em casa – Agora RN

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Três Corações, em Minas Gerais, fica a 300 km de Belo Horizonte, capital do estado. A cidade que, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), tem população estimada em cerca de 80 mil pessoas, foi o primeiro palco de uma figura que mudaria o mundo do futebol. Edson Arantes do Nascimento, o Pelé. Nascido em 23 de outubro de 1940, recebeu o nome em homenagem ao inventor Thomas Edison, de quem o pai, João Ramos do Nascimento, o Seu Dondinho, era fã. O futebol já fazia parte daquela família, mesmo que o astro ainda não fosse Pelé.
Com passagem de apenas um único jogo pelo Atlético Mineiro, o pai do Rei do Futebol gabava-se de uma marca que nem Pelé foi capaz de alcançar: cinco gols de cabeça quando jogava pelo Yuracán de Itajubá, em Minas Gerais, na final do Campeonato Itajubense de Futebol Amador, em 1939. Mas alguns dos primeiros passos de Edson foram fora de Minas Gerais. Com o pai indo jogar em Bauru, no interior de São Paulo, a família foi junto. E por lá, sua majestade começava a ensaiar os primeiros passos de um reinado que se tornaria eterno.
Foi lá de onde veio o apelido “Pelé”. Desde pequeno, já tinha gosto pelo esporte. Costumava jogar com uma bola de pano. Um dos capítulos que mais marca a trajetória do Rei do Futebol foi quando viu o pai chorando, em 1950, após o Brasil ser derrotado na final da Copa do Mundo de 1950: revés contra o Uruguai em pleno Maracanã. A data ficou marcada como “Maracanazo”. “Durante a Copa de 50, vi meu pai chorando porque o Brasil perdeu. Meu pai jogava no Noroeste, de Bauru, e vi meu pai com amigos dele chorando porque o Brasil havia perdido a Copa”, declarou o próprio Rei do Futebol em cerimônia de sorteio dos grupos da Copa do Mundo de 2014, que também aconteceu no Brasil. Na época, aquilo mexeu com o brio de Pelé: pediu ao pai que não chorasse, porque ganharia um Mundial para ele. Spoiler: foram três.
Aos 13 anos, passou a atuar no time infantil do Bauru Atlético Clube, cuja sigla BAC deu ao time infantojuvenil de Barquinho. Foram apenas dois anos de história, mas o suficiente para um bicampeonato da Liga Bauruense. Várias goleadas e grandes exibições de Pelé fizeram parte dessa história.
Em um dos jogos, vitória por 21 a 0 contra o São Paulo. Um garoto mirrado foi um dos artilheiros: sete gols marcados. Você já deve imaginar que se tratava de Pelé. Segundo a revista
Placar, na Liga Bauruense de 1954 foram 33 partidas e 148 gols: uma média assustadora de 4,5 gols por jogo. Com a bola no pé, ele mostrava que os anos que viriam reservavam algo especial para aquele garoto do interior de Minas Gerais.
Aos 15 anos, Seu Dondinho precisara convencer Dona Celeste, mãe do garoto, da oportunidade que apareceria. Ela não queria que o filho jogasse futebol. Se antes ele tinha sido sondado para jogar no Bangu, do Rio de Janeiro, sem sucesso, Waldemar de Brito foi à casa da família e a convenceu que o Santos, time que dava oportunidades aos jovens, e que ficava em uma cidade tranquila, seria uma boa oportunidade ao filho. Ela cedeu. E no dia 22 de julho de 1956, Pelé chegou ao Santos. Dias depois, já treinava com os atletas do elenco principal. O resto é história… Que continua na edição desta quinta-feira 12.

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