Richarlison, a saga: ascensão rápida e transferência para o futebol inglês – O Tempo
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No início de 2015, após poucos meses de Lanna Drumond,atuando pelo sub-17 e sub-20 do Coelho, Richarlison assumiu a titularidade do time principal, comandando por Givanildo Oliveira. Na oportunidade, o América disputava a Série B do Campeonato Brasileiro.
Richarlison foi relacionado pela primeira vez no time principal no duelo contra o Mogi Mirim, em 4 de julho de 2015, pela décima rodada da Segundona nacional. Entrou aos 31 minutos do segundo tempo, no lugar de Cristiano (atacante de 35 anos, revelado pelo Atlético e que defendeu o América-RN na Série D do Brasileiro, neste ano) Dez minutos depois pisar o gramado, Richarlison marcou pela primeira vez como profissional. O time mineiro venceu por 3 a 1, no estádio Independência.
Na rodada seguinte, a primeira viagem pelo time principal para encarar o Macaé, no interior do Rio de Janeiro. O confronto terminou em 1 a 1, e Richarlison, vestindo a camisa 22, foi acionado por Givanildo aos 22 minutos do segundo tempo. O mesmo ocorreu na 12ª rodada, na vitória sobre o ABC-RN por 2 a 1, no Horto. No entanto, ele foi a campo já na volta do intervalo.
Na quarta partida relacionado para o profissional, Richarlison foi titular. Apesar do revés por 3 a 1 para o Oeste-SP, o atacante ganhou, de vez, a posição. Da 13ª à 37ª rodada da Série B de 2015, o menino de Nova Venécia-ES comandou o ataque alviverde na campanha do acesso. Marcou nove gols, levou dois cartões amarelos e um vermelho. A expulsão, aos 44 minutos da etapa final, foi na penúltima rodada, no empate com o Ceará em 1 a 1, em Belo Horizonte, em 21 de novembro.
Na súmula da partida, o árbitro Wagner Reway justificou da seguinte forma a exclusão do jogador da partida. “Por dar uma entrada com o uso de força excessiva usando a sola da chuteira contra o seu adversário de nº 4 sr Charles Luis Reiter, atingindo o na canela, o mesmo não necessitou de atendimento, no entanto ficou com um hematoma no local atingido, na canela esquerda”.
Alguns dias após a partida contra o Ceará, Richarlison foi o convidado do extinto programa Esporte.com Especial, do jornal O Tempo. Durante sua participação, falou sobre a campanha do Coelho, a vida fora de campo, o futuro e se queixou do vermelho. “Eu não merecia aquela expulsão, porque foi um lance absurdo. Dei um carrinho, mas pegou a bola. O juiz interpertou de forma irregular e acabou me dando o cartão vermelho, sem eu merecer”, disse.
Considerada a principal revelação da Série B de 2015, Richarlison se despediu do América em dezembro, rumo ao Fluminense. Pelo Tricolor das Laranjeiras, fez 67 partidas e marcou 19 gols. Nos dois Brasileiros da Série A que disputou pelo clube carioca, em 2016 e 2017, fez 56 partidas, marcou nove vezes e levou sete cartões amarelos, no total.
Sua última partida pelo Fluminense foi em 23 de julho de 2017, na 16ª rodada do Brasileirão. Derrota para o Corinthians, por 1 a 0, no Maracanã. O jovem, que, três anos anos antes, vivia muitas dificuldades financeiras, embarcou rumo à Inglaterra para defender o Watford, negociado por 12,5 milhões de euros (cerca de R$ 46 milhões, à época).
“Quando falo sobre dificuldades familiares na época do Real Noroeste, em 2014, é sobre não ter dinheiro. Os pais deles sempre chegavam ao clube em dificuldades, em conflito. Por meio do presidente, o clube tentava ajudá-los, por causa do Richarlison. É a dificuldade que a maioria dos jogadores têm quando ainda não são ‘ninguém'”, pontua Wagner Oliveira, treinador do time capixaba na ocasião e reponsável por indicá-lo ao América.
No Watford, Richarlison ficou até julho de 2018, quando foi para o também inglês Everton, comprado por 45 milhões de libras (cerca de R$ 220 milhões em valores da época). De lá, desembarcou, em julho deste ano, no Everton, por 50 milhões de libras, algo próximo de R$ 315 milhões.
Em março de 2021, foi fundado o Nova Venécia Futebol Clube. O primeiro desafio foi disputar a Série B do Campeonato Capixaba. Sob o comando do técnico Cássio Barros, ex-lateral de clubes como Vasco, Fluminense e Santos, a equipe do norte do Espírito Santo conquistou o título da competição. Este ano, terminou o estadual em terceiro lugar.
Oficialmente, Richarlison é tratado como o “embaixador” do time, usando sua imagem para ajudar no crescimento da agremiação. Na prática, porém, a história é outra. O presidente é Antônio Marcos de Andrade, pai do atacante da seleção. A influência da família no Leão capixaba, contudo, não para por aí.
“O Nova Venécia é comandado pelo Richarlison. Ele quem financia e dá andamento. Acredito que isso que ele tem feito pelo time e a sua cidade tenha relação com todas as dificuldades vivenciadas no início. Fico satisfeito por ele ter superado tudo isso. Lá no Real Noroeste, ninguém o conhecia por Richarlison. Todo mundo o chamava de ‘Zoio’, porque ele tem um olhão grandão. Desde novinho, o danadinho era terrível. Voluntarioso, simples, humilde. Ele merece tudo que está vivendo”, comemora Wagner Oliveira.
“Esse gol que ele fez com a Sérvia, novinho, já fazia lá, direto. Às vezes, ficávamos fazendo trabalho de finalização e ele dava esses voleios. Sempre foi atirado e faz umas ‘loucuras’ que dão certo. Logicamente, com o passar do tempo e os treinamentos, a qualidade aumenta. O atleta vai se lapidando, e a tendência é ter se tornado o grande jogador de hoje”, complementa.
Nesta segunda-feira (28), o Brasil conta com as “loucuras” de Richarlison, a exemplo do que fez na quinta-feira passada contra a Sérvia, para vencer a Suíça, às 13h (de Brasília), pela segunda rodada do grupo G da Copa do Mundo do Catar.
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