Rui Costa e Gleisi viram 'zagueiros' de Lula contra ex-bolsonaristas – ig.com.br

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Naian Lucas Lopes
Estudante de Letras, escreve há 12 anos e já produziu conteúdos em diversas editoriais, como Cotidiano (UOL), Televisão e Famosos (NaTelinha) e Política (Diário do Centro do Mundo), sua maior especialidade. No iG, é repórter de Último Segundo e Saúde.
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O ministro da Casa Civil , Rui Costa (PT-BA), e a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), se tornaram os principais protetores do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra ex-bolsonaristas. Os dois estão impedindo que antigos aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) façam parte do governo federal.

Nos últimos dias, há ex-apoiadores de Bolsonaro que estão se colocando como neutros e querem cargos no governo petista.  O caso mais emblemático é do deputado federal Elmar Nascimento (União Brasil-BA). Se dependesse de Lula, ele chefiaria um dos seus ministérios.
Porém, tanto Costa quanto Gleisi receberam a missão de convencer o presidente da República a não nomeá-lo ministro por causa da ligação com o capitão da reserva. A explicação é que o governo precisa contemplar quem se colocou contra o bolsonarismo.
Nos últimos dias, o assédio a Lula aumentou. Vários ex-bolsonaristas que agora se colocam como neutros tentam indicar ou ocupar cargos de segundo e terceiro escalão, mas são barrados pelo ministro e pela deputada. Ambos receberam o apelido de “zagueiros”.
Por outro lado, Rui Costa tem chamado os antigos aliados de Bolsonaro de “sem personalidade”. Na avaliação dele, se os “neutros” querem ajudar o governo, que façam isso no Congresso, mas na União só terá quem se colocou contra a política adotada pelo ex-presidente.
A postura do ministro e também de Gleisi é elogiada pelos petistas. O discurso é de união com quem pensa diferente, mas é preciso estabelecer limites para que não ocorram erros do passado.
O exemplo usado é a ministra Simone Tebet (MDB-MS). A senadora foi favorável ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), mas fez oposição a Bolsonaro e ainda apoiou Lula no segundo turno, colocando em risco sua base eleitoral no Mato Grosso do Sul. Quem teve essa postura pode fazer parte do governo, dizem aliados de Lula.
E o trabalho de Rui Costa e Gleisi ganhou ainda mais importância depois do ato golpista de 8 de janeiro em Brasília. A explicação é que José Múcio, ministro da Defesa, tentou compor com bolsonaristas e foi apunhalado pelas costas.
A escolha de Rui Costa para ministro da Casa Civil foi feita pela personalidade dele. O ex-governador é visto por Lula com perfil político, mas que segue uma linha dura contra quem não faz parte dos interesses do governo. Já Gleisi é vista por Lula como uma “soldada fiel”.
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