Sakamoto: Fala de Dino parece básica, mas já se difere da gestão Bolsonaro – UOL Confere

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Colaboração para o UOL, em Maceió
02/01/2023 19h52
O colunista do UOL avaliou o discurso de posse do ministro da Justiça Flávio Dino e destacou que, embora “básico”, difere do visto na gestão de Jair Bolsonaro (PL), por pregar a paz e a união entre os Poderes da República.
“Dino reforça que a relação entre os poderes vai se dar de forma republicana. A ideia não é jogar pedra, é trabalhar de forma harmônica, cada um no seu lado, atuando com freios e contrapesos, mas não atacando os outros poderes”, declarou Sakamoto no UOL News.

“Isso pode parecer uma coisa básica, mas não foi o que a gente viu no governo Bolsonaro que atacou sistematicamente o STF (Supremo Tribunal Federal) e o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) preparando para o momento das eleições em que boa parte de seus seguidores não acreditavam no resultado das urnas”, completou.


Leonardo Sakamoto também avaliou a ida do ex-presidente Jair Bolsonaro para os Estados Unidos antes mesmos do fim de seu mandato, e destacou que, com isso, foi aberto um espaço na extrema direita para que surja uma nova liderança.
“Com a fuga de Bolsonaro para a Flórida e com a revolta de muitos dos seus seguidores abre um vácuo na extrema direita para crescer novas lideranças exatamente diante da covardia de Jair Bolsonaro”, avaliou.
O colunista ponderou que é preciso avaliar quais serão os próximos passos de Bolsonaro. Entretanto, ele ressaltou que dificilmente o ex-vice-presidente e agora senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) será essa liderança.


Ao falar sobre a possibilidade de Jair Bolsonaro ser responsabilizado criminalmente, Sakamoto avaliou que Flávio Dino destacou em seu discurso de posse que isso dependerá do curso das investigações que apontará as responsabilidades do ex-presidente.
Entretanto, o colunista afirmou que deve ser o caso, porque Bolsonaro “é corresponsável pelas manifestações golpistas, ao fomentá-las e ajudar a fazer com que a situação chegasse a esse ponto”, com atos terroristas em Brasília.
“Não importa que depois ele não fomentou diretamente, ele fomentou durante meses. E depois com sua omissão criminosa, ele fez com que antros se formassem nos quartéis”, declarou.
“Por isso mesmo Bolsonaro fugiu e nesse momento está abraçado com o Mickey enquanto tem um monte de pateta ainda povoando os arredores de quartéis e achando que ele voltará”, disse Leonardo.


Em relação à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, o colunista do UOL avaliou que ela conseguiu reverter reduções impostas à pasta na gestão anterior, ao retomar para seu ministério a ANA (Agência Nacional de Água), entre outros.
“Durante o governo Jair Bolsonaro algumas áreas foram roubadas, retiradas do meio ambiente, como a Agência Nacional de Água e a questão do cadastro rural, que foram para outras pastas”, falou, ressaltando que as ONGs ambientalistas alertavam que isso era o mesmo que entregar “o galinheiro para a raposa”.
“Tudo isso volta para o ministério de Marina Silva porque ela negociou na fase de transição. Ou seja, o ministério dela entra fortalecido, apagando as bobagens que Jair Bolsonaro havia feito”, completou.
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