Sakamoto: Moraes come golpismo pelas beiradas; Bolsonaro é prato principal – UOL Confere

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Colaboração para o UOL, em Maceió
15/12/2022 12h55
O colunista do UOL Leonardo Sakamoto repercutiu a decisão do presidente do TSE e ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, que determinou a quebra de sigilo bancário e o bloqueio de contas de dezenas de empresários acusados de financiar atos antidemocráticos desde a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 30 de outubro.
Durante o UOL News, Sakamoto avaliou que Moraes adotou uma estratégia de “comer” esses movimentos golpistas pelas “beiradas” para só depois se aproximar do centro do prato, onde está Bolsonaro. Para o colunista, o ministro acerta ao fazer esse movimento, porque, ao não mirar o presidente derrotado diretamente, impede que ele se vitimize e, assim, incite ainda mais os bolsonaristas inconformados com o resultado do pleito presidencial.

“Ao que tudo indica, Moraes está comendo o golpismo pelas beiradas, está indo atrás dos empresários que estão financiado esses atos golpistas, os bloqueios, os acampamentos nas beiras dos quartéis. [Ele] já havia bloqueado contas, já tinha agido diretamente contra alguns líderes, [agora] vai aumentando e chegando mais próximo do centro do prato, que está o presidente da República Jair Bolsonaro”, declarou.
“[Moraes] poderia ir direto no Bolsonaro, o que seria quase um favor porque ajudaria a incitar os movimentos golpistas, ajudaria a criar um movimento reativo contra o TSE, e fazer com que o presidente fortalecesse o discurso mentiroso de que é perseguido, quando na verdade é ele quem persegue”, completou.
PF cumpre mandados. Após a determinação de Alexandre de Moraes, a PF (Polícia Federal), cumpriu cumpre ao menos 104 mandados de busca e apreensão contra envolvidos em manifestações antidemocráticas.
Conforme apuração do UOL, também há mandados de prisão. As buscas ocorrem no Distrito Federal e em oito estados: Espírito Santo (23 mandados), Mato Grosso (20), Mato Grosso do Sul (17), Paraná (16), Santa Catarina (15), Acre (9), Amazonas (2), Distrito Federal e Rondônia (um em cada). Dois deputados bolsonaristas do ES são alvos da PF. Eles terão que usar tornozeleira, não podem deixar o estado e nem dar entrevistas ou usar redes sociais.


O colunista do UOL Joel Pinheiro considerou correta a decisão do TSE de manter multa de R$ 22,9 milhões ao PL por relatório golpista contra o resultado das urnas. Ele ponderou que o presidente da legenda, Valdemar da Costa Neto, “achou que dava para brincar de golpismo”, “agradar” a trupe bolsonarista, e “imaginou que isso não daria em nada, a não ser ajudar em sua popularidade” com os bolsonaristas, mas se equivocou.
“Alexandre de Moraes foi mais esperto e não deu nenhum tipo de tolerância para essa postura. Não dá para partido político brincar de golpe, pedir anulação de eleição sem base nenhuma e sair impune. Que a multa sirva de lição para todos os partidos que no futuro pensem nisso”, destacou, ressaltando que “não se pode tolerar oportunistas que brincam com a democracia”.


A deputada federal eleita e liderança indígena Sonia Guajajara (PSOL-SP), pontuou, em entrevista ao UOL News, que o presidente eleito Lula “se equivocou” ao dizer em entrevista que ainda estaria avaliando se dará o status de Ministério ou de Secretaria para a pasta dos Povos Origináriosna campanha, o petista prometeu que criaria o ministério dos Povos Originários, inédito no país.
“É a primeira vez que os povos indígenas estão participando de uma equipe de transição, podendo discutir a criação de um ministério inédito para os povos indígenas. Concluímos os trabalhos do GT indígena e apresentamos uma proposição da estrutura para o ministério, não cogitamos Secretaria. Acreditamos que Lula se equivocou quando disse em entrevista que ainda estava analisando se daria status de ministério ou de secretaria a questão dos Povos Originários”, declarou.
Sonia Guajajara salientou que está “confiante” de que será de fato ministério e contou que já apresentou “uma estrutura” ministerial ao presidente eleito, com a criação de um Fundo de Biomas Indígenas “para garantir a captação de recursos para ter condições suficientes de implementar as políticas indigenistas”.
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