Sem água na piscina, pedidos de reforços e críticas fortes: as frases de Ceni que marcaram período de um ano no São Paulo – ESPN.com.br

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‘Quando eu cheguei não tinha água na piscina’. As frases marcantes e polêmicas são marcas da segunda passagem de Rogério Ceni como técnico do São Paulo. Período, que completa um ano nesta quinta-feira (13), passa por altos e baixos dentro e fora dos campos, com vitórias importantes e derrotas frustrantes. Entre elas, a queda na decisão da Copa Sul-Americana.
Após semanas indicando que poderia deixar o Morumbi ao fim de 2022 caso não conquistasse a taça internacional, o treinador já considera seguir no clube. Com isso, classificar o time para a Conmebol Libertadores de 2023 desponta como a grande prioridade na reta final do BR22.

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Mas entre vitórias e derrotas, a passagem do ex-goleiro pelo clube em que é ídolo conta com declarações que reverberaram na imprensa esportiva e também entre torcedores.
Após assumir o São Paulo já na reta final do Brasileirão de 2021 e garantir a permanência na elite nacional, o treinador iniciou o Paulistão com a missão de defender o título conquistado por seu antecessor, Hernán Crespo. Durante a campanha, no entanto, Ceni deixou claro que precisava travar algumas batalhas internas dentro do próprio clube.
“Conheço os mesmos porteiros e o pessoal da cozinha há 20 anos. Cumprimento todos, trato bem todos. Tem departamento que precisa melhorar mesmo. Quando cheguei não tinha água na piscina. Sou o cara chato que pediu para colocar água na piscina”, disparou Ceni ainda em fevereiro, em uma entrevista que ‘sobrou para todo mundo’ no clube.
“Jogador está há um mês no DM. Quando vejo jogador ir embora 13h45… Eu, quando estava machucado, trabalhava em três períodos para me recuperar rápido. São ajustes ou cobranças que fazemos em departamentos que geram insatisfação, porque a pessoa tem que trabalhar mais tempo”.
“O cube atravessa problemas sérios. Penso em gerar o que há de melhor, tentar fazer com que o atleta fique até mais tarde, disponibilizar condições para que volte mais rápido para o campo. Talvez eu incomode um pouco esses departamentos. Acho que é uma coisa para o bem do clube, mas entendo que uma pessoa ou outra possa se sentir insatisfeita”.
Com o peso de ser considerado por muitos como o maior ídolo do São Paulo, Ceni também usou os microfones para pleitear reforços em alguns momentos, e chegou a classificar a busca por novos jogadores como ‘urgente’.
“A direção está tentando ver um ou outro jogador, acho até que com dinheiro de investidor, porque o clube não tem condições econômicas para grandes investimentos. Nós precisamos de uma ou outra peça, porque tem jogadores que só voltam ano que vem. Não pode demorar muito, porque chegar vivo até o dia 18”, disse Ceni ainda quando o São Paulo disputava três torneios: Copa do Brasil, Brasileirão e Sul-Americana.
“Com a ausência do Arboleda, o Miranda está jogando jogos consecutivos, a zaga talvez seja a posição (prioritária). E mais um jogador que tenha polivalência, que possa jogar em mais de uma posição no meio campo. Com urgência, a gente precisa”.
Nahuel Ferraresi, Giuliano Galoppo, Marcos Guilherme e Nahuel Bustos chegaram após os pedidos feitos por Ceni, mas nenhum deles caiu nas graças do treinador a ponto de ser firmar como titular absoluto do São Paulo.
A própria permanência do treinador para a próxima temporada foi coloca em dúvida durante a passagem de Ceni pelos microfones. E em mais de uma oportunidade.
Ainda antes de derrota por 2 a 0 para o Independiente Del Valle na decisão da Sul-Americana, o técnico afirmou que sua atenção não estava voltada para ‘manter o cargo’, e aproveitou até para cutucar os atrasos nos pagamentos de jogadores e comissão no São Paulo.
“Você acha que eu trabalho aqui pelo meu salário? Que eu estou preocupado com os meses que estão atrasados de imagem? Estou aqui para ajudar. Se não sou o cara certo… Treinador no Brasil tem de monte”, disparou Rogério em meados de setembro.
“Acha que estou preocupado com minha multa rescisória? Façamos o seguinte: dia primeiro (de outubro), se não ganhar (a Sul-Americana), abro mão da minha multa rescisória e vou embora sem problema”.
Em mais um desabafo público, desta vez após a derrota para o Botafogo, dentro do Morumbi, o treinador afirmou que gostaria de ter o dinheiro necessário para comprar o São Paulo.
“Cada um tem a sua parte para fazer. A minha é no campo, fazer as coisas acontecerem. É natural que os times se organizem externamente para que melhorem o trabalho. Eu quero muito vencer com o São Paulo, entregar vitórias e títulos. Tenho um carinho enorme pelo clube que me projetou. Tento devolver o que me deram ao longo dos anos. Mas, logicamente, as pessoas que administram o clube têm responsabilidades de fazer escolhas e ver o que é possível fazer. Não adianta achar que do dia para a noite vai mudar”.
“Se tivesse R$ 1 bilhão, R$ 2 bilhões, eu investiria no São Paulo para sanar todas as dívidas, comprar o clube e administrar. Mas não tenho, não posso fazer. Tenho que trabalhar. Talvez fosse o maior favor que eu poderia fazer para o clube, mas eu não tenho condições”.
Além do vice-campeonato da Copa Sul-Americana, Ceni também acumulou a derrota na final do Campeonato Paulista, quando viu o Palmeiras golear por 4 a 0 no Allianz Parque e reverter uma vantagem de 3 a 1 que o São Paulo havia conquistado no Morumbi.
Tricolor é o 12º colocado no Campeonato Brasileiro, e terá pela frente Palmeiras, Coritiba, Juventude, Atlético-GO, Atlético-MG, Fluminense, Internacional e Goiás. A equipe está a oito pontos da zona de classificação para a fase preliminar da Conmebol Libertadores de 2023.
Palmeiras (F)
Coritiba (C)
Atlético-MG (C)

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