Senado faz ensaio geral para posse de Lula – Senado Federal
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Da Agência Senado | 27/12/2022, 18h35 – ATUALIZADO EM 28/12/2022, 13h25
Servidores representando autoridades, marcações de tempo, retoques na pintura e ajustes no gramado em frente ao Congresso Nacional. O setor de Relações Públicas da Secretaria de Comunicação do Senado, que prepara a cerimônia de posse do presidente Lula, organizou um ensaio geral do evento nesta terça-feira (27), para acertar os últimos detalhes. A cerimônia está marcada para este domingo (1º), às 15h.
A coordenadora-geral da Secretaria de Relações Públicas e Comunicação Organizacional, Juliana Borges, explicou que o evento está sendo planejado há cerca de um ano. O trabalho é feito em conjunto com a Secretaria-Geral da Mesa e a Presidência do Senado. Há também a participação do governo de transição e de outros entes públicos.
— A cada quatro anos, sabemos que esse momento chega, então, trabalhamos com as contratações e os relacionamentos necessários diariamente em 2022. O mais importante desse ensaio foi passarmos as informações a todos os envolvidos no evento: os militares, o governo de transição, o Itamaraty e o próprio cerimonial das presidências das duas Casas — detalhou.
Para a diretora da Secretaria de Comunicação Social do Senado (Secom), Érica Ceolin, o ensaio é importante para prever a duração de tempo de cada etapa e evitar possíveis imprevistos. Ela disse que o ensaio contou com representantes do cerimonial, da polícia e da equipe de transição. Segundo a diretora, a expectativa é que a cerimônia saia de acordo com a previsão constitucional e com a vontade do presidente eleito.
Érica Ceolin também contou que a posse será realizada com um esquema especial de segurança, que começa no credenciamento para a entrada nos prédios do Congresso Nacional. Conforme disse a diretora, haverá uma varredura específica nas dependências do Congresso antes da entrada das autoridades.
— A ideia é que a posse transcorra com a maior tranquilidade com a maior segurança possível — declarou.
Além da organização da Relações Públicas, a Secom tem outras frentes de atuação. A Assessoria de Imprensa do Senado é a responsável pelo apoio e credenciamento da imprensa externa que deve trabalhar no dia, e a TV Senado é a responsável por fazer a cobertura do evento e distribuir as imagens para outras emissoras interessadas em veicular a cerimônia.
Simulação completa
No exercício desta terça-feira, servidores representaram as autoridades que devem estar presentes no domingo, para ajudar na simulação do roteiro. O treinamento contou com a participação dos militares e repassou tanto a rota prevista para um dia ensolarado quanto a que prevê um dia chuvoso.
Érica Ceolin afirmou que o protocolo geral do evento é o mesmo de posses anteriores, mas destacou que novas exigências de segurança e particularidades do governo de transição fizeram deste momento algo único. A preparação do corpo funcional do Senado envolvido também foi incrementado.
— Deu para termos uma boa noção de como será no domingo. O ensaio afinou questões de tempo e de movimentação. Como novidade, os colaboradores foram avisados antecipadamente quem representariam, e puderam se preparar— disse.
Cada parte da cerimônia foi cronometrada. Também foram acertados os posicionamentos das guardas de honra de cada Força Armada, com a definição dos locais (salões e corredores) onde cada guarda (do Exército, da Aeronáutica e da Marinha) vai ficar. São os integrantes dessa guardas que vão fazer uma espécie de corredor em cada local em que Lula for passar.
O roteiro da posse prevê a chegada dos convidados (entre eles os chefes de Estado e de governo) ao Congresso Nacional a partir das 13h45. Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin deverão chegar à Catedral de Brasília por volta das 14h20. Às 14h30, Lula sairá em carro aberto em direção ao Congresso — percurso que deve durar dez minutos, apesar da proximidade. O transporte pode sofrer ajustes, em função da chuva ou por questões de segurança.
Os eleitos sobem a rampa do Congresso acompanhados dos chefes do cerimonial do Senado e da Câmara. No alto da rampa, Lula e Alckmin serão recebidos pelos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira. O ensaio simulou todo esse roteiro, com marcações de tempo, espaço e posição nos salões.
Duas alterações estão previstas em relação a cerimônias anteriores. Uma delas é que não deve ocorrer a tradicional salva de 21 tiros de canhão. A outra é que as esposas de Lula e Alckmin, Rosângela da Silva e Lu Alckmin, respectivamente, devem subir a rampa na frente dos maridos, e não atrás, como de costume. Também está sendo esperada a participação da cachorrinha Resistência, adotada por Lula e Janja, como é conhecida a futura primeira-dama.
A sessão solene do Congresso Nacional está marcada para as 15h, quando haverá o compromisso constitucional e a assinatura do termo de posse dos eleitos. Depois, o presidente seguirá para o Palácio do Planalto, devendo subir a rampa e discursar no Parlatório que fica em frente à Praça dos Três Poderes.
A diretora-geral do Senado, Ilana Trombka, lembrou que a posse é composta por três cerimônias e que a etapa mais importante é a que acontece no Congresso. Além da sessão legislativa, o presidente eleito também deve ser recebido no Palácio do Planalto para a passagem da faixa e no Palácio do Itamaraty para uma recepção. Ilana ressaltou que é no Plenário da Câmara que acontece, de fato, o empossamento no cargo e o juramento constitucional do presidente.
— Reunimos e colaboramos com todas as áreas, com apoio da Câmara dos Deputados, a fim de simular as solenidades simbólicas para que, em 1º de janeiro, tenhamos tranquilidade, segurança e coordenação para que os atores principais da nossa sociedade possam estar no Congresso e participar dessa solenidade tão significativa — concluiu.
A expectativa é de que compareçam à posse de Lula cerca de 700 jornalistas e 2 mil convidados. Também está previsto um grande show de música popular, para o qual são esperadas entre 150 mil e 300 mil pessoas.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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