Silêncio de Bolsonaro perante vitória de Lula só leva presidente ao ridículo – UOL

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Jornalista e escritor, é autor de 'Carolina, uma Biografia' e do romance 'A Bolha'
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“Não existem dois brasis”, disse Lula após ser confirmado como vencedor do pleito eleitoral mais acirrado da história do país, desde os primórdios da República. “Somos um único povo”, conclamou com os olhos fixos e brilhantes na direção de milhares de eleitores e eleitoras, para logo complementar: “Vou governar para 215 milhões de brasileiros, e não apenas para aqueles que votaram em mim”.
A fala de Lula na noite de domingo (30), depois da confirmação dos resultados finais da apuração —onde obteve vitória com 50,9% dos votos válidos contra 49,1% dados a Jair Bolsonaro, atual presidente.
À primeira vista, Lula falou tudo aquilo que a maioria do povo brasileiro queria ouvir da boca de um governante sério —especialmente seus eleitores do Nordeste, que apesar de todas as manobras do candidato rival para evitar o favoritismo do petista, deram ao candidato histórica votação na região.
A pauta da fome, tema sensível do programa de governo de Lula, agravada durante a pandemia da Covid-19, nos últimos três anos, terá ataque frontal do presidente eleito. Lula terá a grande missão de tirar cerca de 33,1 milhões de pessoas, novamente, do mapa da fome, fato atestado segundo as péssimas condições de vida, desigualdade e pobreza da população, de acordo o IBGE.
Como governante de um país que apresenta carência de tudo —especialmente, saúde, educação e emprego—, Lula enfrentará desafios complexos, “nunca antes [visto] na história do país”, como ele mesmo gosta de frisar.
O Brasil que foi às urnas no segundo turno das eleições não é o mesmo Brasil que acordou na segunda-feira (31), de ressaca ou de luto. Obviamente a maioria da população sabe que a melhora da qualidade de vida de todos e todas tem a ver com o sucesso do futuro governo.

Estive acompanhando de perto todo o processo angustiante de apuração dos votos, e nem de longe imagino os nervos à flor da pele dos dois candidatos. Na avenida Paulista, logo após Lula fazer o discurso não mais como candidato, e sim como presidente eleito à Presidência da República, o clima era um misto de carnaval fora de época e réveillon, tipos os que ocorrem em cidades como Salvador e na praia de Copacabana.
Um público de toda a idade, num colorido entre o vermelho e o branco, se confraternizava, chorava e gargalhava junto. O que se via, na verdade, era um movimento festivo, como se Lula tivesse sido eleito com a totalidade de todos os votos válidos do país.
Tirando o vergonhoso ato da Polícia Rodoviária Federal (PRF) quanto às blitze nas estradas, provocando bloqueio aos eleitores do Nordeste ao direito pleno de cidadania conquistado a duras penas —e derramamento de sangue— no processo democrático, e o vexatório descumprimento da lei protagonizada pela deputada federal reeleita Carla Zambelli, vista armada ameaçando aos gritos um homem negro em plena rua de São Paulo, nada de mais grave aconteceu, claro, tirando o silêncio de Jair Bolsonaro, diante de sua derrota eleitoral, o que nos induz a pensar que ele não reconhece o seu desastre nas urnas e muito menos respeita a massa expressiva de milhões de seus eleitores, de dentro e de fora do país.
O Brasil ainda tem democracia frágil e órgãos públicos que engatinham a passos de tartaruga quanto ao seu fortalecimento institucional. Presenciar o bloqueio de estradas federais por caminhoneiros, para pressionar intervenção militar, xingamentos de autoridades constituídas e o livre arbítrio de gente sem menor escrúpulo e comprometimento com o povo e com a nação, é jogar este país no descrédito mundial.
Quando dom Pedro 2º, no limiar do Império brasileiro, começou a ser ridicularizado pela imprensa — chegou a ser atacado a bala na antiga corte do Rio de Janeiro— e não reagiu, deu no que deu: na República.
Naquela época os “pedristas” de ocasião empurraram —sem que ele se desse conta disso— o combalido imperador para a degola republicana, direto ao exílio, já que não tinham força para mantê-lo no trono, nem obter o terceiro reinado.
Ocorre com o silencioso Bolsonaro algo parecido. O bolsonarismo de circunstância, sem competência eleitoral para dar-lhe a conquista do segundo mandato, tende a levar o recolhido e birrento presidente, ainda mais ao descrédito e ao ridículo.
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