Simone Tebet queria ministério 'finalístico', mas isso mudou, diz Haddad – UOL Confere

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Weudson Ribeiro
Colaboração para o UOL*, em Brasília
26/12/2022 20h40Atualizada em 26/12/2022 23h34
A senadora Simone Tebet (MDB-MS) visava um ministério “finalístico”, segundo o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT).
A Simone visava um ministério finalístico. Era esse o objetivo. Um ministério finalístico é o quê? É um ministério que lida diretamente com algum assunto específico. Cidades, Turismo, Desenvolvimento Social. E isso mudou da semana passada para cá

O UOL apurou que a senadora quer uma pasta que lhe dê visibilidade política.
Em fala a jornalistas hoje, em Brasília, Haddad disse que Tebet é qualificada e não haveria dificuldade em relação a seu nome para eventual indicação ao Ministério do Planejamento.
Ele, porém, lembrou que havia sugerido anteriormente nomes de governadores para ocupar a função, como Rui Costa (PT-BA), Wellington Dias (PT-PI), Camilo Santana (PT-CE), Jorge Viana (PT-AC) e Renan Filho (MDB-AL).
Haddad sugeriu ao presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a escolha de alguém que tivesse “arrumado a casa” em seu estado.
Renan Filho foi convidado para a pasta dos Transportes, segundo Haddad. A pasta é uma preferência do MDB, por ter orçamento e função para entregar obras ou realizações que sirvam de vitrine política.
Costa vai comandar a Casa Civil; Dias, o Desenvolvimento Social, e Santana, a Educação. “Foram rareando os ex-governadores que poderiam assumir a pasta”, disse Haddad.
O ex-prefeito paulistano afirmou que o quadro para o Planejamento mudou na semana passada, com o surgimento do nome de Simone Tebet nos últimos dias. Segundo ele, essa discussão está sendo feita diretamente por Lula.
A Simone é uma política muito qualificada, é uma pessoa que sabe trabalhar em equipe, uma pessoa que estava concorrendo à Presidência da República, tem muita respeitabilidade. Eu não vejo nenhuma dificuldade em relação a isso
No final de semana, Lula ofereceu a Tebet o Planejamento, mas, de acordo com fontes ouvidas pela agência Reuters, ela não deve aceitar. Para fazê-lo, a senadora apresenta uma lista de exigências —entre elas, o controle dos bancos públicos, hoje com a Fazenda, e do programa de Parcerias em Investimentos—, que já sabe ser inaceitáveis para o PT.
Na entrevista desta segunda, Haddad afirmou que não teve informação sobre eventual pedido de Tebet para ter os bancos públicos sob seu poder em eventual cargo de ministra.
Haddad acrescentou que o economista André Lara Resende, um dos formuladores do Plano Real e membro da transição de governo, declinou da possibilidade de assumir a pasta do Planejamento, dizendo a Lula que não tinha intenção de participar do governo.
(Com Reuters)
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