STF determina soltura de 85 presas para abrir espaço para radicais – Poder360

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O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes determinou nesta 2ª feira (16.jan.2023) que 85 detentas adotem o monitoramento eletrônico com objetivo de abrir espaço na PFDF (Penitenciária Feminina do Distrito Federal) para presas durante os atos de 8 de Janeiro, em Brasília, e na desmobilização do acampamento em frente ao QG (Quartel-General) do Exército.
A decisão, de caráter emergencial, refere-se só a mulheres presas que já estavam em regime semiaberto e atendeu a um pedido da Defensoria Pública do DF. O ministro estabeleceu que a medida terá o prazo de 90 dias. Eis a íntegra (200 KB).
Em sua decisão, Gilmar afirmou que “o impacto negativo do ingresso de contingente significativo de presas em flagrante, implicou no agravamento das condições de cumprimento de pena pelas apenadas já recolhidas no estabelecimento penal feminino, a saber a PFDF”.
Os dados da Seap-DF (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal) mostram que 1.395 foram presos durante os atos de vandalismo em 8 de janeiro, na Praça dos Três Poderes, ou no acampamento em frente ao QG do Exército.
Ao todo, são 903 homens, encaminhados ao CDP 2 (Centro de Detenção Provisória 2), no Complexo Penitenciário da Papuda, e 492, mulheres, levadas à Penitenciária Feminina do DF. Eis a íntegra (493 KB).
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Por volta das 15h de domingo (8.jan.2023), extremistas de direita invadiram o Congresso Nacional depois de romper barreiras de proteção colocadas pelas forças de segurança do Distrito Federal e da Força Nacional. Lá, invadiram o Salão Verde da Câmara dos Deputados, área que dá acesso ao plenário da Casa. Equipamentos de votação no plenário foram vandalizados. Os extremistas também usaram o tapete do Senado de “escorregador”.
Em seguida, os radicais se dirigiram ao Palácio do Planalto e depredaram diversas salas na sede do Poder Executivo. Por fim, invadiram o STF (Supremo Tribunal Federal). Quebraram vidros da fachada e chegaram até o plenário da Corte, onde arrancaram cadeiras do chão e o Brasão da República –que era fixado à parede do plenário da Corte. Os radicais também picharam a estátua “A Justiça”, feita por Alfredo Ceschiatti em 1961, e a porta do gabinete do ministro Alexandre de Moraes.
Os atos foram realizados por pessoas em sua maioria vestidas com camisetas da seleção brasileira de futebol, roupas nas cores da bandeira do Brasil e, às vezes, com a própria bandeira nas costas. Diziam-se patriotas e defendiam uma intervenção militar (na prática, um golpe de Estado) para derrubar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A organização do movimento havia sido monitorada previamente pelo governo federal, que determinara o uso da Força Nacional na região. Pela manhã de domingo (8.jan), 3 ônibus de agentes de segurança estavam mobilizados na Esplanada. Mas não foram suficientes para conter a invasão dos radicais na sede do Legislativo.
Durante o final de semana, dezenas de ônibus e centenas de carros e pessoas chegaram à capital federal para a manifestação. Inicialmente, o grupo se concentrou na sede do Quartel-General do Exército, a 7,9 km da Praça dos Três Poderes.
Depois, os radicais desceram o Eixo Monumental até a Esplanada dos Ministérios a pé, escoltados pela Polícia Militar do Distrito Federal.
O acesso das avenidas foi bloqueado para veículos. Mas não houve impedimento para quem passasse caminhando.
Durante o domingo (8.jan), policiais realizaram revistas em pedestres que queriam ir para a Esplanada. Cada ponto de acesso tinha uma dupla de policiais militares para fazer as revistas de bolsas e mochilas. O foco era identificar objetos cortantes, como vidros e facas.
Desde o resultado das eleições, extremistas de direita acamparam em frente a quartéis em diferentes Estados brasileiros. Eles também realizaram protestos em rodovias federais e, depois da diplomação de Lula, promoveram atos violentos no centro de Brasília. Além disso, a polícia achou materiais explosivos em 2 locais da capital federal.
SÁBADO PRÉ-INVASÃO (7.jan)
DOMINGO (8.jan)



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