STF gastou cerca de R$ 10 milhões com segurança em 2022 – ND Mais

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Leandro Mazzini é jornalista, escritor e pós-graduado em Ciência Política pela UnB. Iniciou carreira em 1994 e passou pelo Jornal do Brasil, Gazeta Mercantil, Correio do Brasil, Agência Rio, entre outros. O blog é editado por Mazzini com colaboração de Walmor Parente e equipe de Brasília, Recife e São Paulo.
O acirramento dos ataques ideológicos contra ministros do Supremo Tribunal Federal obrigou a Corte a aumentar em mais de R$ 1,3 milhão ano passado o investimento em segurança para os magistrados – nas ruas, em casa e na sede do Poder Judiciário. Levantamento da Coluna aponta que o STF desembolsou em 2022 quase R$ 10 milhões (R$ 9.756.120,43) com segurança privada para proteger as dependências e seus ministros. As rubricas cobrem despesas com empresas de guarda-costas e vigilância patrimonial. Em 2021, esse gasto foi de R$ 8.446.181,54. Alguns ministros transitam com seis guarda-costas. Mas tanto investimento parece não surtir o efeito esperado dentro da própria sede. Tão vergonhoso quanto o vandalismo no STF foi o ataque moral à Corte engavetado pela administração em 2014: até hoje a Secretaria de Segurança e PF não descobriram quem instalou uma escuta ambiental debaixo da mesa do ministro Luís Roberto Barroso. Estava desativada, revelada por este repórter. Investigações entre portas apontam que o alvo era o inquilino anterior do gabinete, o relator do Mensalão do PT, Joaquim Barbosa. A escuta foi varrida para debaixo do tapete.
Limpa na farda
O clima de desconfiança nas polícias Militar e Civil do Amapá é tão gritante entre muros do quartel que o governador Clécio Vieira decidiu chamar um delegado de Minas Gerais para tentar pôr ordem nas corporações, como secretário de Segurança. Há suspeitas de que agentes atuam em grupos de extermínio, e em conluio com o tráfico.
Remetente do caos
Egresso do finado Governo, o presidente interino dos Correios, Heglehyschynton Valério Marçal, somou desastre de ações em três semanas: aniquilou a Corregedoria, exonerou cinco servidores do órgão e anunciou aberração administrativa: uma “comissão de anistia” para servidores que reclamarem das supostas perseguições em processos internos. Ele mesmo já foi citado internamente em apurações. Enquanto isso, o PT quer emplacar diretorias regionais, que numa canetada do interino passaram a ser por indicação de quem manda, não mais por meritocracia.
Parentada na cela
A PF descobriu que há centenas de parentes e amigos de oficiais do Exército detidos no presídio de Brasília, daquela turma que acampava no QG. Uma esposa de general foi liberada. Em um mês, a PMDF tentou retirar acampados por duas vezes, mas foi barrada pelo comando dos oficiais. Deu no que deu…
Caixa (de problemas)
A indicação do advogado Marcelo Bonfim, de Belo Horizonte, para vice-presidente da Caixa acendeu o alerta no Planalto. Pelo estatuto da Caixa, a nomeação tem que ser por processo seletivo com funcionário de carreira – não é seu caso.  Para piorar o cenário, é um aliado do governador Romeu Zema (que atacou o PT com verborragia figadal na campanha). Como presidente do BDMG, Bonfim duplicou os empréstimos a prefeituras em pleno ano de eleição, o que ajudou  Zema e o aliado Jair Bolsonaro em mais de 200 cidades. Bonfim é apadrinhado do PT de Minas, em especial do deputado Miguel Angelo e de Romênio Pereira, do diretório, que atropelaram para conseguir essa vaga.
Vai, Josué?
O presidente Lula da Silva não desistiu de ter Josué Gomes à frente do Ministério da Indústria e Comércio. A situação dele na Fiesp motivou o Barba a enviar novo convite por um emissário. Lula quer desocupar Geraldo Alckmin da pasta para que o vice seja o gerente do Governo, e o libere para agendas internacionais com a primeira-dama.
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