Symonds vê "exagero" da FIA com medidas para conter quiques – Notícia de Fórmula 1 – Grande Prêmio

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Executivo da área técnica da Fórmula 1, Pat Symonds indiretamente culpou a Mercedes — que fez “bastante barulho” — pelo exagero da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) com relação ao porpoising, os quiques dos carros, na temporada de 2022 da principal categoria do esporte a motor mundial.
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A equipe alemã foi a que mais sofreu com o fenômeno, proveniente do novo conceito aerodinâmico da F1: o efeito-solo. Após o GP do Azerbaijão, Lewis Hamilton demonstrou muita dificuldade de simplesmente sair do carro, após uma corrida com muitos quiques e dores intensas nas costas.
Como resposta, a entidade que regula o esporte introduziu a aplicação de uma métrica para determinar os limites de oscilações verticais e, assim, conter o porpoising. A partir do GP da Bélgica, a chamada Métrica de Oscilação Aerodinâmica (AOM, da sigla em inglês) chegou em definitivo e podia obrigar uma equipe a ter de subir a altura do carro caso fosse comprovado o excesso de quiques prejudiciais aos pilotos — e sob o risco de ser excluída do GP se não cumprisse a determinação.
“Acho que eles (FIA) exageraram um pouco depois de Baku. No Azerbaijão, vimos os piores impactos — porque uma equipe tentou algo que não funcionou e depois veio a público com bastante barulho. Se eles (FIA) não tivessem intervindo, o problema teria sido resolvido. A maioria das equipes agora entende como controlar os quiques”, explicou Symonds a Auto Motor Und Sport.
De forma indireta, a FIA respondeu ao diretor-técnico da Fórmula 1. Na figura de Nikolas Tombazis, o órgão regulador apontou crença de que a diretiva técnica foi o caminho correto a se seguir e apostou de que o porpoising será devidamente contido em 2023.
Questionado sobre quanto o fenômeno dos quiques contribuiu para a grande diferença entre os pelotões da F1, Symonds reconheceu que o problema também passou despercebido pelo radar da área técnica da categoria.
“Devo admitir que também não estava em nosso radar, mas deveríamos saber disso”, confessou. “Tínhamos a possibilidade de descobri-lo antecipadamente, porque trabalhávamos com simulações dinâmicas. Eu também deveria saber, porque já trabalhei em carros de efeito-solo. Eu simplesmente havia esquecido, mas sem dúvidas, os quiques mudaram as coisas”, respondeu o dirigente.
“Primeiramente, as equipes tiveram que resolver esse problema antes que pudessem trabalhar em sua aerodinâmica. Os quiques não são um problema puramente aerodinâmico. A (parte) mecânica também desempenha um papel, por exemplo, com a rigidez da suspensão”, finalizou.

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