Um Centro de Vitória para chamar de nosso – A Gazeta ES

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São muitas as cidades brasileiras com um problema comum: têm áreas centrais onde, antes, havia comércio intenso e pujante, mas que acabaram se esvaziando. Tornaram-se decadentes e entregues à infraestrutura precária.

Nossa Capital é uma delas. Políticas públicas do Estado investiram em seu centro até os anos 1960. Depois disso, por conta do crescimento populacional e da percepção de que a região não atenderia à demanda, foi abandonado e reduzido a mero “corredor de tráfego”. Embora não tenha chegado à situação de deterioração tão expressiva quanto outras capitais, o Centro de Vitória perdeu muito com a falta de novos projetos e sem a devida conservação dos seus patrimônios.
Os investimentos só começaram a voltar anos depois, com planos de revitalização se intensificando nas últimas duas décadas. No final do ano passado, a proposta ganhou reforço com a administração municipal anunciando um projeto para incentivar a retomada da ocupação residencial em suas moradias a partir de benefícios tributários e urbanísticos.
Um excelente estímulo, especialmente àqueles que reconhecem, na região, seu notório valor histórico e sua riqueza cultural, dignos desta que é a terceira capital mais antiga do país.
Projetos com esse propósito volta e meia aparecem pelo Brasil. Alguns bem-sucedidos; outros nem tanto. O caso de Recife é um bom exemplo. Seus casarões em torno do “Marco Zero” foram tomados pela falta de comércio e pelas habitações coletivas precárias. Hoje, funciona promissor polo de tecnologia e informação, além de ampla área de lazer e turística.
Um exemplo para outras capitais, como o Rio de Janeiro, cujo centro vive uma das suas piores fases. Uma região outrora ativa e movimentada, agora com muitos imóveis vazios, insegurança, destruição de patrimônios históricos e outros agravantes.
Não podemos deixar isso acontecer aqui. Graças aos benefícios fiscais oferecidos pela prefeitura, muitas empresas já arrumam suas malas para se instalar no Centro.
É nesse embalo que seguimos, confiantes, para o novo endereço. Uma iniciativa de mão dupla que só tem a gerar ganhos, para a empresa e para a cidade. Ao contribuir com a revitalização e promover a circulação de funcionários e parceiros, diariamente, no Centro, ajudaremos a levar vida e uma nova ressignificação para esse espaço tão valioso da nossa história.
Uma proposta que tem tudo a ver com a dinâmica que já norteia as empresas nos tempos atuais, a ESG. Centrada em boas práticas sociais, ambientais e de governança, ela inclui o compromisso com as comunidades. Somos todos parte de um todo.
Por isso, aproveitando o início de ano, seguimos focados nas boas mudanças que todos precisamos fazer. Atuar, efetivamente, na redução de consumo de plástico, na diminuição da fome e da insegurança alimentar e na promoção de ações sociais já estão na nossa lista de resoluções para 2023.
Fazer tudo isso do Centro, tendo como pano de fundo paisagens históricas e paradisíacas, será, certamente, um bônus pra lá de especial.
Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.
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