CBLOL | Novos talentos, transmissão impecável e torcida animada: o retorno do campeonato em 2023 – ESPN.com.br

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Uma das principais figuras nacionais da modalidade, o ex-jogador foi tricampeão com a organização (1:05)
Eram quase 10h30 quando levantei no sábado (21) e comecei a arrumar minhas coisas para a cobertura do Campeonato Brasileiro de League of Legends, conhecido carinhosamente como CBLOL. O principal da modalidade e, sinceramente, talvez o maior torneio de qualquer uma das várias modalidades sendo disputadas em solo verde-amarelo.

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Depois de passar metade do ano passado explorando outros cenários e atuando em outros portais, pela segunda vez, eu iria pisar na Arena CBLOL representando o ESPN Esports Brasil. A última, tinha sido em 23 de abril de 2022, dia no qual a RED Canids deu à paiN Gaming sua primeira derrota em uma grande final no ano.
Uma hora em ponto – e um calor que parecia quase 50º. Cheguei na arena, deixei meus equipamentos na sala dedicada à imprensa, coloquei o celular no estabilizador e corri para o estúdio. Lá, vi os jogadores da LOUD e paiN entrarem no palco para reeditar a grande final da 2ª etapa do CBLOL 2022.
Inclusive, essa partida foi quase como um replay daquela grande decisão que aconteceu no Ginásio do Ibirapuera. Com um novo atirador, novamente a equipe de Thiago “Tinowns” e Leonardo “Robo” não tomou conhecimento dos Tradicionais e emplacou uma vitória maiúscula.
“Foi um jogo bem simples”, comentou o mid laner de forma calma e confiante durante a coletiva pós-jogo, algumas horas depois de chegar ao estúdio provocando a torcida da paiN.
Enquanto tudo isso acontecia, no fundo os jogadores foram acompanhados aos seus lugares no palco por algo que se tornou uma grande marca registrada do CBLOL: a torcida. Horário? Não importa. Que time tá jogando? Também não. Tá cansado? Dá pra descansar mais tarde.
Gritos daqui, xingamentos de lá. Choro de um lado, sorriso do outro. A energia de todos aqueles dias sem poder viver os sentimentos que só o CBLOL pode proporcionar, são liberados diretamente dos assentos do estúdio. A melhor parte é: tudo isso sendo feito com respeito entre os torcedores.
Cheguei até mesmo a ver alguns deles indo ao banheiro entre os jogos para colocar o uniforme de seu time preferido no confronto que viria a acontecer em seguida.
Parece que essa galera não cansa em momento nenhum e são puxados pelos grandes acontecimentos de dentro do jogo, assim como as emoções que são passadas por toda a equipe de transmissão do campeonato.
Não que eu tenha participado de muitos eventos presenciais, mas… essa torcida é diferente. Em um misto de sangue no olho para ver seu time do coração ganhar e respeito pelos torcedores adversários, a plateia que dá vida à arquibancada da Arena CBLOL sempre foi um show à parte e causa arrepios àqueles presentes.
Guiando eles, grandes talentos soltam a voz para dar mais emoção às jogadas, personalidades cativantes apresentam o programa e aproximam a torcida da transmissão, assim como nomes que uma vez já estiveram em frente aos computadores da Riot fazem análises minuciosas de cada lance.
Parecia que estava tudo funcionando em perfeita harmonia.
Chegamos no #CBLOL!

Fiquem ligados que a primeira partida do dia entre @LOUDgg e @paiNGamingBR começa daqui a pouco! #EsportsNaESPN pic.twitter.com/c7BbAzk5Bu
Mesmo com algumas mudanças, a empresa mostrou o porquê de ter estabelecido o CBLOL como um dos maiores espetáculos de esports no Brasil e voltou para mais um ano com profissionais na transmissão que levantam o questionamento de se esse seria o melhor time de transmissão dos esports no Brasil.
Junto disso, os conteúdos audiovisuais produzidos e transmitidos pela equipe da Riot Games ao longo dos confrontos também mostraram-se extremamente incríveis. Em meio às conversas malucas que acontecem na sala de imprensa, foi possível ver pela TV alguns jogadores reproduzindo seus bordões icônicos do último split.
Mas, fica aqui o destaque para o jogador Alexandre “Cavalo” relinchando, o que levou todos à gargalhada. Aquele conteúdo se mostrou como um respiro necessário e um afago em meio aos sentimentos que afloravam a cada jogo que começava.
Um descanso necessário para a próxima batalha que seria travada dentro dos servidores pelos atletas – e fora pela torcida.
“Olha ele, olha ele, olha ele! Pro quadrakill, Julieeeeeera!”, gritou Schaeppi e rapidamente muitos jornalistas mudaram de foco após a saída de Tinowns da sala e tornaram sua atenção para a TV.
Considerado o Melhor jogador do CBLOL Academy, foi nesse momento que os profissionais da imprensa e todos os espectadores viram o atirador da Liberty grudar suas lanças de Kalista nos adversários para estabelecer a primeira vitória da organização.
No entanto, acredito que esse momento foi mais do que isso. Ele cravou sua bandeira no chão da elite do League of Legends nacional como quem diz: “Eu cheguei!”. E que jeito melhor de começar sua estreia na elite do que com um quadrakill?
Assim como o CBLOL chega buscando fazer a diferença, muitos jogadores entraram nos palcos naquele sábado para protagonizar o primeiro de muitos dias que vão mudar suas vidas.
Grandes astros consolidados mostrando o porquê estão na elite, grandes organizações chegando com o pé na porta (além de outras, como a Vivo Keyd Stars, retornando) e novos talentos escancarando os motivos de suas subidas do Academy para o palco principal do campeonato.
Apesar de diversas mudanças e a vontade de trazer o “CBLOL Diff”, parece que muitas coisas seguem iguais para os jogadores, para os profissionais que trabalham por trás e à frente do espetáculo, para a imprensa e também para os torcedores.
E sinceramente? Isso nem de longe é algo ruim. Acompanhado de grandes novidades para o resto do ano e mostrando o verdadeiro espetáculo brasileiro, o CBLOL manteve os pontos positivos apresentados no último ano e os fortaleceu, retornando para 2023 mais forte do que nunca.

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