Twitter amplia espaço de propaganda política, após perda de anunciantes – Tecnoblog

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Nova diretriz da empresa revoga medida anunciada em 2019, que proibia que conteúdo político pago fosse veiculado na plataforma
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Na última terça-feira (3), mudanças importantes foram anunciadas pelo Twitter. Dois anos após ter proibido a veiculação de propagandas políticas, a rede social decidiu retroceder de sua decisão e anunciou que planeja expandir esse tipo de publicidade, ao longo das próximas semanas.
Apesar de não entrar em detalhes sobre quais conteúdos poderão ser veiculados na plataforma, a empresa afirmou que, no futuro, pretende alinhar sua política de publicidade com aquela realizada pela TV e outros meios de comunicação.
Vale lembrar que, em 2019, quando tomou a decisão de não trabalhar mais com esse tipo de publicidade, a rede social chegou a afirmar que o alcance da mensagem política deveria ser conquistado e não comprado.
Uma visão que parece ter mudado depois que Elon Musk comprou a empresa por US$ 44 bilhões e houve uma debandada de anunciantes da plataforma.
Apesar da nova diretriz, a decisão não coloca o Twitter como uma exceção no mercado. Ainda que redes sociais como o TikTok proíbam a publicidade política, vale lembrar que plataformas como o Facebook e o YouTube nunca deixaram de propagar esse tipo de conteúdo.
Além da novidade, o Twitter também anunciou que, nos EUA, vai flexibilizar a política de anúncios baseado em causas – ou seja, ligadas a transformações sociais.
Apesar de não trazer muitas informações no comunicado, à Reuters, o chefe de confiança e segurança do Twitter, Ella Irwin, trouxe algumas explicações. Segundo ele, a empresa permitirá anúncios que educam ou aumentam a conscientização sobre questões como registro eleitoral, mudança climática e programas governamentais.
A mudança anunciada pelo Twitter acontece pouco tempo após a empresa perder mais da metade dos seus anunciantes – uma lista que inclui gigantes como a Apple, que decidiu reduzir o número de propagandas veiculadas na rede social.
A insatisfação das companhias começou desde quando Musk demonstrou interesse em comprar a plataforma, já que parte dos clientes temiam que o bilionário tornasse a moderação de seu conteúdo menos rígida.
O descontentamento, no entanto, chegou ao ápice depois que a aquisição foi concretizada, uma série de medidas polêmicas tomadas pelo magnata causaram confusão e houve uma debandada geral dos anunciantes.
Agora, enquanto indícios apontam que a rede social está por um fio, é notório que o Twitter precisa de dinheiro, algo que talvez possa ser impulsionado pelas propagandas políticas.
Além disso, ainda que não se saiba quanto isso trará de receita para a plataforma e o Twitter afirme que deseja garantir que “a abordagem de revisão e aprovação de conteúdo proteja as pessoas”, é de se perguntar como isso impactará no combate a desinformação.
Tema que, é importante lembrar, já foi de bastante repercussão para o serviço em outras ocasiões.
Com informações: Twitter e TechCrunch

Repórter
Paula Alves é jornalista especialista em streamings e cultura pop. Formada pela Unesp (Universidade Estadual Paulista), antes do Tecnoblog, trabalhou por sete anos com jornalismo impresso na Editora Alto Astral. No digital, escreveu sobre games e comportamento para a Todateen e sobre cinema e TV para o Critical Hits. Apaixonada por moda, já foi assistente de produção do SPFW.
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