Flamengo que incomoda: Vitor Pereira é o caso mais recente da … – Flamengo – Mundo Rubro Negro

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O Flamengo mudou. Dentro do campo, o clube vive uma das suas épocas mais vencedoras, mas fora dele também é um rival de respeito. Rico, estruturado e organizado, o Rubro-Negro se impõe aos seus rivais locais e nacionais. E causa uma choradeira imensa. Mas não foi sempre assim.
Quem já tem uns cabelos brancos na cabeça, lembra de um Flamengo coitadinho. Um clube semi-falido, desorganizado, que precisava vender seus talentos por trocados para manter as luzes acesas. E isso não faz muito tempo. Há menos de 40 anos, o Mais Querido vivia de pires na mão.
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Quem pode esquecer da geração de 1990, que foi campeã da Copa São Paulo com goleada de 7 a 1 sobre o São Paulo, entre outros feitos? Naquele time, estavam Adriano (goleiro), Júnior Baiano, Piá, Rogério, Marquinhos, Fabinho, Marcelinho, Djalminha, Paulo Nunes e Nélio, entre outros. Para muitos, é o maior time que já jogou a famosa Copinha.
Pois esse time, apesar de ter contribuído para os títulos da Copa do Brasil 1990, Carioca 1991 e Brasileiro 1992, foi dizimado por vendas que visavam manter o Flamengo funcionando. E o pior, não foram vendas para gigantes europeus, como hoje o Rubro-Negro vende Vinícius Júnior para o Real Madrid e Lucas Paquetá para o Milan.
Até 1996, os principais nomes daquela geração já tinham saído, mas todos para clubes brasileiros. Marcelinho saiu em 1993, para o Corinthians, onde virou ídolo. Também em 1993, Djalminha saiu para o Guarani. Em 1994, Paulo Nunes foi para o Grêmio, onde ganhou Brasileiro e Libertadores, antes de seguir para o Palmeiras.
Júnior Baiano também saiu em 1994, pois foi jogar no São Paulo de Telê Santana. Marquinhos foi o último a sair, pois foi para o Palmeiras em 1996. Em meia década, o Flamengo havia perdido uma geração inteira. E pior, alimentado seus grandes rivais, que colecionaram títulos.
Nos anos 2000, a situação piorou ainda mais. O Flamengo seguia semi-falido e rifando suas joias das divisões de base para manter o time em campo. Para piorar, a miopia dos dirigentes levava a situações constrangedoras. A chegada de Vampeta, em 2001, é o exemplo máximo.
No que muitos consideram a “pior troca da história”, o Flamengo trocou Adriano e Reinaldo por Vampeta. O pentacampeão chegou com pompa, fez 16 jogos, marcou um gol e saiu pelas portas do fundos ao dizer que “no Flamengo eles fingem que pagam e a gente finge que joga”.
Alguns anos depois, em 2008, outro episódio marcante do Flamengo gatinho, que não ameaçava os rivais poderosos, principalmente os paulistas. Em recuperação de mais uma cirurgia no joelho, Ronaldo Fenômeno foi treinar no Flamengo.
Quando ficou bom, assinou com o Corinthians, que acabou sendo o último clube da sua carreira. No alvinegro paulista, Ronaldo venceu um paulista e a Copa do Brasil 2009. No Flamengo, virou música na arquibancada que destacava suas aventuras amorosas liberais.
Tirando o hexacampeonato conquistado no susto em 2009, com Petkovic de volta por causa de uma dívida impagável, o Flamengo viveu vacas magras no cenário nacional até o fim da década de 2010. Porém, como todos sabem, algo começou a mudar em 2013.
A eleição de uma nova diretoria sob a presidência de Eduardo Bandeira de Mello inaugurou a era do Flamengo bom pagador, responsável, que sofreria em campo para ter os boletos em dia. Foram seis anos de sofrimento, a era do cheirinho, mas que desembocou no ano mágico de 2019.
Esse Flamengo rico e poderoso deu seu primeiro sinal ao mercado em 2015, quando trouxe o peruano Paolo Guerrero do Corinthians. Depois vieram Diego Ribas (Weder Bremen), Everton Ribeiro (Cruzeiro), Willian Arão (Botafogo), Diego Alves (Valência), Vitinho (CSKA).
Do clube que ninguem ia querer jogar em breve, como disse Carlos Eduardo em 2014, o Flamengo passou a ser o destino preferido de jogadores, técnicos e demais profissionais do mercado. Arrascaeta veio do Cruzeiro, Gabigol e Bruno Henrique do Santos, Rodrigo Caio do São Paulo, Gerson da Roma, Pedro da Fiorentina (depois que o Fluminense se negou a vender direto).
O jornalista Mauro Cezar Pereira abordou esse novo Flamengo e o incômodo que ele causa nos rivais, principalmente na mídia e torcidas do outro lado da rodovia Presidente Dutra: “Essa vitimização é uma grande cortina de fumaça que esconde a realidade bem clara para todo mundo. Hoje os dois clubes de maior torcida no país estão em patamares diferentes no mercado, porque um se estruturou para contratar jogadores bons e técnicos caros e o outro não tem essa mesma condição e ainda assim insiste em fazê-lo. Aí você vê o balanço no fim do ano e vê sempre uma dívida crescente.”
Como não conseguem competir, os rivais e seus porta-vozes na mídia atacam. A estratégia mais usada é a de questionar a origem das receitas do Flamengo, sempre insinuando alguma irregularidade ou favorecimento.
A pergunta “de onde vem o dinheiro do Flamengo?” pode ser respondida com tranquilidade. Basta olhar os balanços financeiros do clube. O dineiro vem de venda de jogadores, direitos de TV, prêmios, patrocinadores, match day, programa sócio torcedor, etc.
Para 2023, o Flamengo mais uma vez vai ultrapassar a barreuira do um bilhão de reais. Com as contas em dia, o Mais Querido poderá investir ainda mais em estrutura, pessoal e jogadores. Gerson, que foi vendido por 20 milhões de Euros para o Olympique de Marseille, pode estar voltando por 16 milhões.
Para os rivais, restam duas opções. Tomar a pílula amarga que o Flamengo tomou entre 2013 e 2018 e se reestruturar, ou então seguir sofrendo e reclamando. O Flamengo Malvadão chegou para ficar.
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