Lula faz força por 1º turno, expõe cartadas, mas enfrenta lacunas – UOL

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Ainda sem clareza sobre a possibilidade de segundo turno, as candidaturas de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) incorporaram ao discurso prós ou contras do desfecho da eleição já neste domingo (2), com discussões que envolvem violência, ameaça golpista e formação de governo.
O ex-presidente, à frente nas pesquisas, faz de tudo para liquidar a disputa no primeiro turno, enquanto ao atual mandatário só interessa levá-la para a prorrogação, em 30 de outubro, na tentativa de virar o jogo.
Lula alcançou 50% dos votos válidos no mais recente Datafolha. Com a margem de erro de dois pontos, ele teria entre 48% e 52%. Para vencer na primeira etapa, um candidato precisa obter mais da metade do total de válidos —o critério oficial para definir o pleito, descontando nulos e brancos.
“Estamos a um passo da vitória em 2 de outubro. Falta um tiquinho, só um tiquinho”, disse o ex-presidente na segunda-feira (26).
Como Bolsonaro deixa nítida sua intenção de tumultuar o ambiente caso perca, a sensação no universo político e nos setores engajados em garantir o respeito às urnas é a de que o presidente se insurgirá em qualquer situação: seja com diferença de votos estreita ou larga, no primeiro ou no segundo turno.
A retórica petista é a de que a derrota imediata de Bolsonaro representaria um basta enfático a seu governo e dificultaria a contestação do resultado pelo presidente, já que no dia 2 serão eleitos os membros do Congresso e das Assembleias Legislativas, além de parte dos governadores.

Outro consenso no PT é o de que a postergação pode produzir novos casos de violência política, a exemplo dos vistos nos últimos dias, com agressões e mortes causadas por brigas eleitorais. Apoiadores de Lula atribuem ao bolsonarismo o aprofundamento do clima de medo relacionado à ida às urnas.
A eventual extensão da campanha obrigará a equipe do ex-presidente a achar um discurso para manter a militância engajada. Como a mensagem das últimas semanas gira em torno da vitória em primeiro turno, será preciso buscar meios para sustentar os ânimos em alta, afastando o risco de desmobilização.
Bolsonaro e seu entorno dizem publicamente que ele será reeleito no primeiro turno, embora nenhum instituto de pesquisa com credibilidade indique essa hipótese. Nos bastidores, contudo, o esforço real é para evitar o triunfo do rival neste domingo e tentar tirar a vantagem dele na segunda etapa.
“[Lula] vai ganhar no primeiro turno? Eu acho difícil. Difícil, não: impossível. E ponto final”, disse o chefe do Executivo no domingo (25).
O comitê da reeleição já discute planos para a próxima segunda-feira (3). O “day after”, como relata à Folha um auxiliar direto do presidente, seria dedicado ao redesenho das estratégias a partir dos palanques estaduais que restarão e das zonas de conforto e perigo reveladas pelo mapa nacional da votação.

A campanha em prol de Lula ganhou adesões na reta final, com declarações de apoio de ex-presidenciáveis, veteranos do PSDB, ex-detratores, artistas e personalidades de diferentes áreas, em meio aos apelos por voto útil. Segundo o Datafolha, 11% dos eleitores poderiam mudar o voto para presidente para que o candidato que estiver à frente nas pesquisas vença a disputa no primeiro turno.
Entre políticos de fora do PT que são entusiastas da frente ampla pró-Lula, a avaliação é a de que ter o resultado final no dia 2 é o melhor cenário para fortalecer a democracia e reagir a Bolsonaro. Representantes dessa corrente ouvidos pela Folha sob condição de anonimato trabalham com a ideia de que, no quadro altamente polarizado de hoje, a tensão se acirraria sensivelmente no segundo turno, sem lugar para discussão de ideias e programas.
Lula, porém, tem sido criticado por não detalhar seu plano de governo, sobretudo as diretrizes para a área econômica. Um eventual prolongamento da disputa elevaria a pressão sobre o ex-presidente para que exponha com maior profundidade seus projetos para um eventual terceiro mandato —evitando a imagem de “cheque em branco” deixada por não ter colocado no papel diversas propostas citadas.
Já Bolsonaro, à parte a esperada escalada autoritária, tende a usar o tempo extra para elevar os ataques ao antagonista, fazer promessas e buscar algum fato novo com a caneta presidencial.
Se passar à segunda fase, o presidente será instado por líderes do centrão a amenizar o tom e se aproximar de parcelas moderadas que votaram nele em 2018 e se distanciaram depois. Além disso, o movimento lógico é tentar tirar votos do adversário, no caso, Lula. Nas eleições anteriores para o Planalto, o postulante que chegou na frente no turno inicial ganhou no seguinte.
Por outro lado, a chance de derrocada pode turbinar seu discurso golpista, hoje sem endosso aberto de setores como as Forças Armadas.
A vitória do petista no primeiro turno, afirma a cientista política Magna Inácio, “estrategicamente teria importância para blindar a adesão dos demais eleitos à retórica de fraude eleitoral”.
Para a professora da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), o papel de Lula poderá ser determinante para esvaziar o levante golpista se no dia 3 ele der início às movimentações naturais do vencedor, com transição de governo, montagem de equipe e ampliação da coalizão partidária.

O desfecho em primeiro ou segundo turno impactará a formação de alianças com partidos. A providência automática dos que passam de fase é buscar o apoio das siglas e candidatos que ficaram para trás.
O PDT do presidenciável Ciro Gomes e o MDB da presidenciável Simone Tebet, por exemplo, serão procurados. Legendas como PSDB, PSD e União Brasil também estão entre os alvos. A cúpula do PT considera prováveis esses embarques, mesmo que alguns também sejam assediados por Bolsonaro.
O diagnóstico é o de que Lula fará acenos aos partidos independentemente de aliança para segundo turno, na intenção de construir maioria no Congresso. No entanto, a negociação de apoios para a segunda etapa da eleição costuma envolver a incorporação de propostas ou o comprometimento com determinadas bandeiras, o que não deve ocorrer em caso de triunfo no primeiro turno.
Dirigentes partidários concordam que a inclusão de partidos na aliança para o round final pavimenta o caminho da governabilidade do candidato eleito, mas ponderam que isso não é algo indispensável. Lula, se voltar à Presidência, buscará pontes inclusive com siglas hoje aliadas de Bolsonaro.
Sem segundo turno, o petista “fica menos pressionado a costurar esses acordos de forma acelerada, estendendo as negociações até a posse”, diz Magna. A cientista política relativiza a importância do momento de consolidação das alianças partidárias, lembrando que elas podem ser feitas depois.
Sobre Bolsonaro, ela diz acreditar mais em uma aposta do mandatário no contato direto com o eleitorado no segundo turno do que em uma engenharia partidária. Magna supõe que o movimento do presidente será no sentido de reforçar a polarização entre os eleitores com o uso de apelos diretos.
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