Lula volta a criticar Banco Central (BC); ministro garante autonomia da instituição – Suno Notícias

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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, voltou a criticar o Banco Central (BC) nesta quinta-feira (19). O chefe do Executivo apontou um descompasso entre a Selic e o IPCA, que mede o aumento dos preços.

“Qual é a explicação de ter uma base de juros (Selic) de 13,5% hoje? O Banco Central é independente, a gente poderia nem ter juros”, disse o presidente da República em encontro com reitores de universidades e institutos federais no Palácio do Planalto.
A última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) fixou a Selic em 13,75%. A inflação acumulada em 2022 foi de 5,79%, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Na ocasião, presidente do BC, Roberto Campos Neto, justificou o estouro da meta à elevação do preço do barril de petróleo e à retomada da economia, entre outros fatores.

À Globonews ontem (18), o presidente Lula afirmou ver exagero na meta de inflação fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para este ano. Foi estabelecida em 3,25%, com intervalo de 1,5 ponto porcentual para cima ou para baixo.
“Você estabeleceu uma meta de inflação de 3,7%. Quando faz isso, é preciso arrochar mais a economia para atingir aquele 3,7%. Por que precisava fazer 3,7%? Por que não faz 4,5%, como fizemos [nos mandatos anteriores]? A economia brasileira precisa voltar a crescer”, afirmou o presidente.
Aprovada pelo Congresso em 2021, a autonomia do BC estabelece, entre outros pontos, mandatos fixos para a diretoria. Essas mudanças, segundo o BC, reduzem a influência política sobre seus dirigentes. Com esse instrumento, a instituição controla a quantidade de dinheiro na economia e o impacto que isso tem sobre os preços.

Com a repercussão da declaração do chefe do Executivo, o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, responsável pela articulação política do governo federal, minimizou as críticas de Lula à autonomia do Banco Central (BC).
Em uma série de postagens no Twitter, Padilha enfatizou que “não há nenhuma pré-disposição por parte do governo de fazer qualquer mudança na relação com o Banco Central”.
Como disse o presidente @LulaOficial, na sua experiência de governo, deu plena autonomia ao presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. O presidente não vai mudar de postura agora, ainda mais com uma lei que estabelece regras nesse sentido.

Ainda ontem, outras declarações do presidente da República ganharam repercussão. Em encontro com lideranças sindicais, ele anunciou a criação de uma comissão para tratar da política de valorização do salário mínimo e defendeu que os reajustes devem acompanhar os crescimentos do Produto Interno Bruto (PIB).
Outros pontos abordados por Lula, que reavivaram as incertezas do mercado com o governo, é a isenção no Imposto de Renda (IR) para ganhos de até R$ 5 mil e a reforma tributária ainda no primeiro semestre do ano.
“Me perguntam como fazer a isenção do imposto de renda para ganhos de até R$ 5 mil, se 60% da arrecadação vem de quem ganha até R$ 6 mil? Então, vamos mudar a lógica: diminuir o imposto para o pobre e aumentar para o rico”, declarou Lula.
Com informações da Agência Brasil e Estadão Conteúdo

Jornalista formada pela PUC-SP e com especialização em Marketing Digital pela USP, teve passagens pela Record TV, Globo Condé Nast, Revista Panrotas e Editora Via. Fora das redações, atuou na Fundação Estudar e na Cortex Intelligence. Hoje, é repórter no Suno Notícias, cobrindo pautas sobre mercado, política, economia e bolsa de valores.
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